O Banco Central do Brasil divulgou 2ºfeira o resultado do IBC-Br de junho. O indicador que é visto como uma prévia do PIB brasileiro, registrou no período um crescimento mensal de 0,69%, acima do esperado pelos analistas (+0,25%) e se recuperando da queda reportada em maio (revisado de -0,11% para -0,26%). A alta do IBC-Br veio em linha com o desempenho positivo observado no setor de serviços (+0,7%), que foi reportado pelo. Apesar da alta mensal, o número acumulado em 12 meses desacelerou o crescimento, passando de 2,66% para 2,18%, menor desempenho desde maio de 2021 (1,33%). Base forte registrada em 2021, quando fechou com crescimento de 4,63%, justifica a piora do número nessa base de comparação. Ademais, disparada da inflação, também reduz o poder de compra da população e traz um impacto de menor crescimento para esse ano.
Beneficiado pelo crescimento do setor de serviços, o resultado do IBC-Br de junho registrou alta acima do esperado e reforça visão de que a nossa economia deverá crescer mais que 2% esse ano.
Pela décima semana seguida, o mercado (Boletim Focus) elevou a projeção de crescimento do PIB para o Brasil em 2022, chegando a 2%.
E essa expectativa deve seguir subindo, diante dos bons dados do setor de serviços, que tem surpreendido positivamente e pela melhora da demanda interna nesse segundo semestre, que será estimulada pelos aumentos dos benefícios sociais (PEC dos Benefícios).
Outro ponto positivo para um melhor crescimento é a redução do preço dos combustíveis, por conta da redução do ICMS cobrado pelos Estados, assim como o recente recuo do preço do petróleo no mercado internacional. O preço dos combustíveis vinha sendo o item de maior pressão inflacionária no país e com a mudança no tributo já temos uma boa queda no preço desses produtos, o que aumenta a renda disponível da população e gera expectativa de melhora da demanda doméstica.
Obviamente, o PIB brasileiro esse ano não crescerá tanto quanto no passado (4,6%), porém não será tão ruim quanto se esperava há quatro meses atrás (0,7%). Melhora na perspectiva inflacionária é crucial para esse sentimento mais positivo para nossa economia, que tem tudo para crescer acima de 2%, ao redor de 2,5%. Quanto mais desacelerar a inflação no segundo semestre de 2022, melhor.