O BLS (Bureau of Labor Statistics) divulgou sexta-feira os dados do mercado de trabalho nos EUA referente ao mês de setembro. No período, a maior economia do mundo criou 336 mil novos postos de trabalho, quase o dobro do esperado pelos analistas (170 mil).
Reforçando a visão de aquecimento do mercado de trabalho norte-americano, o número de julho foi revisado de 157 mil para 236 mil e de agosto passou de 187 mil para 227 mil. Ou seja, os números revisados de julho e agosto incrementaram 119 mil novas vagas de trabalho.
Em relação ao número de criação de postos de trabalho em setembro, 263 mil foi na iniciativa privada, também bem acima do esperado pelo mercado (160 mil). Já o governo criou 73 mil postos de trabalho, com destaque para a área educacional que gerou 56 mil, refletindo o início do ano letivo nos EUA.
A atividade de lazer e hotelaria foi o destaque da criação de postos de trabalho nos EUA em 2022, gerando um total de 1,058 milhão de vagas de trabalho no ano passado. Portanto, uma média mensal 88,16 mil. Porém, em 2023 essa atividade vinha reportado dados bem mais baixos, com um total entre janeiro e agosto de 349 mil e uma média mensal de apenas 43,625 mil.
Entretanto, em setembro a atividade lazer e hotelaria gerou 96 mil novas vagas e foi a atividade que mais criou postos de trabalho. Apesar da melhora de desempenho no nono mês do ano, essa atividade ainda acumula um corte de postos de trabalho de 184 mil desde o início da pandemia (março/2000). Esse quadro é bem diferente do mercado de trabalho como um todo que já acumula a geração de 4,503 milhões de vagas de trabalho nesse período.
Outra atividade que teve destaque na criação de postos de trabalho foi saúde, gerando 41 mil vagas no nono mês do ano. Dentro dessa atividade, tivemos os seguintes destaques: saúde ambulatorial (24 mil), hospitais (8 mil) e enfermagem e residências (8 mil).
Taxa de desemprego na maior economia do mundo ficou estável em 3,8% em setembro, 0,1 p.p. acima do esperado pelos analistas. Apesar de ter ficado levemente acima da expectativa, a taxa de desemprego segue baixa, refletindo a taxa de participação da população apta a trabalhar que procura emprego ainda aquém do observado no período pré-pandemia.
Em fevereiro de 2020, 63,4% das pessoas em idade de trabalho procuravam emprego ou estavam trabalhando. Em setembro desse ano esse número foi de 62,8% e ficou estável frente a agosto. Desde o início da pandemia, esse número nunca mais ficou acima de 63%.
Após o início da pandemia, estima-se que mais de 2 milhões de trabalhadores norte-americanos em idade ativa decidiram antecipar suas aposentadorias, reduzindo a oferta de mão-de-obra disponível.
Além disso, a pandemia trouxe outros dois problemas estruturais ao mercado de trabalho na maior economia do mundo.
Primeiramente, com a dificuldade em encontrar mão-de-obra, setores administrativos das empresas passaram a buscar colaboradores que trabalhavam em creches, já que esses recebiam baixos salários.
Ao retirar funcionários das creches, houve uma queda de oferta de vagas para esse setor, o que dificultou as famílias a conseguirem colocar seus filhos nesse período escolar. Portanto, o marido ou a esposa tiveram que deixar o mercado de trabalho para poder ficar em casa para cuidar de seus filhos, já que não havia vagas em creches para todo mundo.
Outro problema estrutural foi a redução de mão de obra de imigrantes ilegais, que retornaram aos seus países de origem na pandemia e não conseguiram mais regressar aos EUA, reduzindo a oferta desse tipo de mão-de-obra barata. O setor de serviços, especialmente, de bares e restaurantes, são as áreas que mais sofreram com essa redução de oferta de mão de obra estrangeira.
A escassez de mão-de-obra disponível a trabalhar nos EUA segue obrigando as empresas a elevarem os benefícios para os seus colaboradores, seja para contratação ou retenção do seu quadro de funcionários. Por conta disso, o salário do trabalhador segue registrando crescimento acima da média histórica.
Em setembro registrou alta mensal de 0,2%, levemente abaixo do esperado pelo mercado (0,3%), mas em linha com o reportado no oitavo mês de 2023.
Diante desse número, no acumulado em 12 meses registrou alta de 4,2% em setembro, também ligeiramente aquém do projetado pelo mercado e do observado em agosto (4,3%). O resultado nessa base de comparação registrou desaceleração pelo segundo mês seguido.
Porém, o número no acumulado em 12 meses segue ainda muito acima da média histórica que é de 2,9%, o que tende a amenizar o ritmo desinflacionário nos EUA.
Com as pessoas tendo melhora em seus salários, o efeito corrosivo da forte alta da inflação é menor e dessa forma, os norte-americanos podem seguir mantendo um bom nível de consumo. E sem um maior arrefecimento da demanda interna, a inflação demora mais para ceder como deseja o Fed.
Em linha com essa visão, os dados de consumo pessoal de agosto, reportado na semana passada, registrou crescimento de 0,4% na variação mensal, após forte alta de 0,9% em julho, sinalizando que a demanda doméstica segue aquecida nos EUA.
Apesar da taxa de desemprego ter ficado estável e a variação salarial anual ter desacelerado inesperadamente, o forte número de criação de postos de trabalho sugere que o Fed poderá elevar a taxa de juros norte-americana na decisão de novembro.
Em linha com esse sentimento, a probabilidade de mais uma alta de juros até o final desse ano subiu de 30% ontem para 39% após a divulgação dos números do Payroll. Já a probabilidade de a taxa de juros
ficar inalterada recuou de 67% ontem para 55% hoje. E a chance de mais duas altas subiu de 3% na véspera para 6% nessa sexta-feira.
Refletindo essa possibilidade de novo aperto monetário na maior economia do mundo, o preço dos ativos de risco tem uma sessão bastante negativa nessa sexta-feira, estendendo o movimento de aversão ao risco observado desde o início dessa semana.
Diante do aumento da possibilidade de nova alta de juros na terra do tio Sam, as bolsas de valores operam em queda e o dólar em alta.
Nos EUA, o mercado acionário opera com perdas ao redor de 0,75%, enquanto que na Europa registra quedas entre 0,1% e 0,5%. Antes do número do Payroll, as bolsas de valores do Velho Continente operavam com ganhos ao redor de
0,5%. O dólar IDX (contra cesta de moedas de países desenvolvidos) registra nesse momento alta de 0,35%.
Em linha com o movimento de seus pares no exterior, os ativos brasileiros também registram desvalorizações significativas. O dólar comercial sobe 0,74% e é negociado a R$ 5,2070, enquanto o Ibovespa afunda 1,24% e é cotado a 111.874 pontos.
Vale salientar que o dólar é negociado no maior patamar desde o dia 26 de março, quando encerrou cotado a R$ 5,2501. E o Ibovespa opera no menor nível desde o dia 01º de junho (110.565 pontos).
Agora os investidores aguardam pelo dia 12 de outubro, quando teremos a divulgação dos dados de Índice de Preço ao Consumidor nos EUA referente ao mês de setembro.
Impactos para o programa brasileiro e americano de exportação
Os contratos futuros do trigo finalizaram a semana se recuperando das perdas da semana anterior, perante alguns fundamentos que estão tentando puxar o cereal para cima novamente, depois de ter alcançado sua mínima de 3 anos ao final de setembro na Bolsa de Chicago.
Entretanto, na quarta-feira (04) os futuros do trigo na CBOT, foram pressionados pela retomada das operações da Ucrânia em seus portos de grande calado na região do Mar Negro.
Desde 16 de setembro, dez navios completaram viagens para os portos da região da Grande Odesa, portos estes, que estavam inativos desde o fim do acordo de grãos. Os barcos conseguiram sair dos portos de Chernomorsk, Pvidennyi e Odesa e, chegaram ao seu destino final com êxito, ignorando as ameaças dos russos de atacar navios com destino aos portos ucranianos.
Com o “Corredor Humanitário” alternativo criado pela Ucrânia, ganhando força e aderência por diversos armadores, ampliando a demanda por navios que estejam interessados em retomar suas operações nos portos ucranianos do Mar Negro, os preços do trigo em Chicago se mantem pressionados.
Embora nas últimas semanas, dez navios tenham conseguido completar viagem para os portos ucranianos de grande calado no Mar Negro, o mercado ainda está avaliando os riscos de retomada dessas operações pela Ucrânia sem o apoio russo.
A Ucrânia está ignorando os riscos de ataque em alto mar pela Rússia e vem buscando criar seu próprio corredor de grãos, após o término da Iniciativa de Grãos do Mar Negro (BSGI), em 17 de julho.
O BSGI consistia na exportação apenas de produtos agrícolas, mas agora, a Ucrânia está usando os portos de grande calado, para escoar outras commodities, incluindo minério de ferro. Na semana passada, a China comprou alguns barcos de minério da Ucrânia, com saída pelos portos da região de Odesa.
Kiev está se mostrando otimista e novas embarcações estão aumentando a adesão para operar na rota dos portos ucranianos do Mar Negro. O custo do seguro dos navios que atuam em uma área tão arriscada, ainda é um problema. Os preços de seguro são altos, o que mantem os preços dos grãos bastante pressionados, para que o custo total da operação ainda compense para o comprador.
Mas à medida que o “Corredor Humanitário” está tomando força, algumas seguradoras aumentaram o seu interesse em dar cobertura para as operações nos portos ucranianos do Mar Negro, incluindo, a corretora de seguros Miller, que adotou uma estratégia de oferecer “seguro total contra riscos militares” para os navios graneleiros ucranianos do Mar Negro.
A Bloomberg comentou sobre esses novos desdobramentos, dizendo que: “Isto não torna necessariamente as viagens menos seguras para os tripulantes, mas poderia ajudar a facilitar as exportações de suprimentos agrícolas da Ucrânia, que empregava mais de um em cada dez ucranianos no início do ano passado, de acordo com o Departamento de Agricultura dos EUA. É também uma contribuição importante para o abastecimento alimentar global”.
Utilizando uma tecnologia avançada Clearwater Dynamics, agora, todos os navios que navegam ao longo do corredor e nos portos ucranianos são monitorados 24 horas por dia, 7 dias por semana, até saírem da zona de alto risco.
O “novo corredor” é também, protegido por barreiras contra minas, numa rota que percorre a costa ucraniana do Mar Negro até as águas da Romênia e da Bulgária, que são países da OTAN. Anteriormente, o corredor de grãos atravessava diretamente o mar até Istambul, onde o Centro de Coordenação Conjunta (JCC), compostos pelos quatro membros do acordo de grãos, envolvendo a ONU, Turquia, Ucrânia e Rússia inspecionavam os navios carregados com grãos ucranianos.
Este novo corredor criado para exportar os suprimentos agrícolas da Ucrânia, poderá ser mais eficiente que o BSGI, isto porque, nos últimos meses em que o acordo de grãos estava vigente, a Rússia estava desacelerando fortemente o ritmo das inspeções dos navios no Estreito de Bósforo, implicando na queda da capacidade de escoamento da Ucrânia.
Como o acordo não envolve mais os russos, é possível que essa nova alternativa seja mais eficiente, aumentando a capacidade de execução das exportações ucranianas. Mas vale lembrar, sob os riscos de ataque pela Rússia, que declarou que todos os navios que operassem na costa dos portos ucranianos do Mar Negro, se tornariam inimigos, porém, até agora, todos os dez navios que carregaram na região de Odesa, tiveram êxito em suas operações.
China está ausente das compras de milho no Brasil. Falam que isso se deve ao início da colheita local – dados oficiais mostram que a colheita já chegou a 20%. A oferta de milho na China está crescendo, reduzindo a demanda pelo importado. O milho brasileiro está chegando na China, outro fator de esfriamento da demanda por novas compras.
O Brasil já tem 36,9 milhões de toneladas de milho nomeados e embarcados, sendo que 10,3 milhões são para China – somando a metade da posição de desconhecidos. Por um lado, mostra que a China tem realmente capacidade para absorver grandes volumes de milho do Brasil, mas por outro lado, mostra que se ela parar de comprar os prêmios perdem seu suporte.
A figura abaixo mostra o total embarcado e o total de nomeações de milho até o dia 27 de setembro. Veja que os embarques estão em 27,6 milhões e o total nomeado para setembro e outubro somam 9,3 milhões. O total comprometido está em 36,9 milhões. Desse total, a China tem em seu nome 10,3 milhões de toneladas, passando a ser o maior embarcado de milho no Brasil. Traders estimam exportações de 52 a 55 milhões de toneladas até final de janeiro e China com 15 milhões desse total.
As importações de trigo pelo Brasil totalizaram 409,46 mil toneladas no mês de setembro/23. Foi o primeiro mês este ano em que o ritmo de compras de trigo importado ficou mais próximo da média dos últimos três anos no comparativo mensal (430,5 mil toneladas para o mês de setembro).
Além de setembro ainda contemplar um período de entressafra, já que este mês abre a janela de colheita de trigo no Brasil, mas este cereal não pode ser usado de imediato na moagem, o ritmo de importação de trigo se mostrou aquecido.
Segundo dados da Secex, as importações de trigo tiveram um crescimento de 10% em relação ao mês anterior. Em contrapartida, o preço médio pago pela tonelada de trigo importado no mês de setembro/23 ficou em US$ 278, contra US$ 436 no mesmo período do ano passado.
Embora os preços internacionais do trigo tenham recuado bem neste ano, depois de atingirem picos históricos no ano passado diante dos riscos de guerra entre Rússia e Ucrânia, o aquecimento da oferta de trigo no Brasil diante da colheita da safra 2023, está fazendo os preços locais atuarem em suas mínimas desde fevereiro de 2020, ficando muito abaixo dos preços mínimos estabelecidos pelo Governo Federal.
Atualmente, as indicações de compras para o trigo paranaense ficam na faixa de R$ 850-900/t FOB trigo tipo 1, PH 78 acima, enquanto o preço mínimo estabelecido este ano está em R$ 1440/t, um deságio de quase 40%.
Enquanto isso, os preços do trigo importado apresentaram reação nos últimos dias, reflexo da forte alta do dólar, que voltou a operar acima dos R$ 5. Considerando um trigo argentino Up River embarque dez/23 a US$ 258-260/t FOB, com a curva do dólar dez/23 hoje cotada a R$ 5,117, isso seria um trigo na costa argentina a R$ 1.300, ainda há de se considerar os custos de frete e seguro – ou seja, hoje, o trigo brasileiro está muito descontado em relação aos demais e já representa margem negativa para muitos produtores.
Outro ponto importante que é que ainda mais negativos para a demanda de trigo americano, é a alta do dólar contra moedas emergentes, diante de uma política monetária mais restritiva por parte do Fed.
Sendo assim, o que se nota atualmente, é que o mercado está tentando buscar um equilíbrio entre um aperto nos estoques globais de trigo da safra 23/24 e uma grande oferta de trigo-russo, que ainda trabalha com preços bastante atrativos em relação aos demais países exportadores. Vemos um mercado que está em busca de uma estabilização para a queda nos preços do trigo CBOT, mas que ainda não encontra nenhum espaço para altas, diante de sua baixa competitividade.
No Rio Grande do Sul, a Emater-RS fala em perda de 20% do potencial produtivo da safra e de perda de qualidade, tanto que a oferta e indicações de compras de trigo feed (ração) no Porto de Rio Grande, só está crescendo.
Em um cenário de oferta de trigo de boa qualidade restrita e um dólar mais forte, fortalecendo os preços de paridade de importação, a perspectiva agora, é os preços do cereal estejam buscando uma desaceleração nas fortes quedas registradas nas últimas semanas.
Entretanto, uma recuperação mais forte nos preços, só poderá ser sinalizada, após o término da colheita, já que a pressão sobre a oferta continua forte, especialmente porque o trigo colhido está competindo por espaço com outras culturas, especialmente com o milho, que acabou de ser colhido no PR.
No RS, essa pressão por espaço pode ocorrer mais para frente, quando o estado realizar a colheita de soja, que deve vir cheia este ano, pois o El Niño é negativo para o trigo, mas muito favorável para os rendimentos da soja, o que pode recompor os estoques de soja gaúcha.
Essa disputa entre trigo e soja no RS, não será apenas por armazenagem, mas também por capacidade de escoamento nos portos, é muito possível que a janela de exportação de trigo no RS seja menor na nova temporada, para dar espaço para o escoamento de soja, tudo isso deve ser considerado, já que menos ritmo de exportação, significa mais estoque de trigo no interior, mantendo os preços pressionados por mais tempo.
Desde o início de julho até o dia 21 de setembro de 2023 os preços do diesel na Rússia subiram 41%, atingindo sua máxima histórica de 74.779 rublos por tonelada (U$ 771). Os preços elevados no mercado internacional vem incentivando as exportações russas e causando escassez de combustíveis no seu mercado interno. O país está entrando no período da colheita do trigo e outros produtos agrícolas e o governo quer proteger setor contra a escassez.
Desde então o governo russo vem buscando alternativas para conter o avanço dos preços no mercado interno, inclusive consideram aumentar a taxa de exportação para U$ 250 por tonelada para o diesel e petróleo. Hoje as taxas são de U$ 6,40 e U$ 21,40 por tonelada respectivamente. Esta medida ainda está tramitando para aprovação no congresso.
Porém no dia 21 de setembro o Vice Primeiro-Ministro da Rússia Alexander Novak, anunciou o banimento das exportações de diesel e gasolina para todos os países do mundo, com exceção aos países ex-Soviéticos, com efeito imediato e com duração indeterminada.“As restrições temporárias ajudaram a saturar o mercado de combustíveis, que reduzirá os preços para os consumidores” disse o governo russo em um comunicado.
Após o anúncio, os preços do diesel no mercado internacional dispararam e na Rússia começaram a reduzir.
Desde o dia 21 de setembro, os preços do Índice do Diesel na Rússia já caiu cerca de 16%, refletindo a redução na exportação.
No dia subsequente ao anúncio, o governo russo amenizou os impactos autorizando a exportação de diesel com alto teor de enxofre, principalmente usado para abastecimento de navios cargueiros.
Os analistas esperam que o banimento dure até o final da colheita agrícola russa, que durará mais algumas semanas até o final de outubro, e então as exportações voltarão ao normal.
A Agência Internacional de Energia (IEA sigla em inglês), estima que o balanço do petróleo deve apertar bastante até o final de 2023, com o cenário cedendo apenas a partir do primeiro trimestre de 2024.
Os cortes de produção anunciados pela OPEP devem perdurar até o final de dezembro, reduzindo a projeção da produção global, e com isso trazendo a relação oferta x demanda para um déficit de aprox. 2 milhões barrias/dia no último trimestre de 2023.
As projeções de preços pelo mercado para o preço do petróleo Brent sobem e alguns participantes já estimam valores próximos aos 3 dígitos pela primeira vez, porém a maioria ainda projeta os preços abaixo de U$ 100/bbl, com a média subindo de U$ 85,65/bbl para U$ 89,85/bbl para o último trimestre de 2023.
Os créditos de biodiesel, conhecidos como Renewable Identification Number (RIN) despencam no mercado interno americano durante o mês de setembro.
Muitos investimentos no setor de esmagamento de soja, biodiesel e diesel renovável foram feitos e que estão entrando em operação na safra de 2023/24. No momento, as esmagadoras de soja estão ofertando elevados volumes de óleo de soja no mercado interno, incentivando a demanda das usinas, que por sua vez vendem o RIN.
O preço do RIN de biodiesel saiu de 140 U$c/gln no início de setembro para 100 U$s/gln hoje, cerca de 30% de queda. No mesmo período o óleo de soja caiu cerca de 10% na Cbot e a soja também sofreu a pressão caindo 5%.
Este ano safra será marcado pela entrada em operação de diversas indústrias e usinas nos EUA, trazendo bastante volatilidade aos preços dos derivados da soja.
Dados do dia 25 de Setembro
A semana passada ainda foi marcada pelos desdobramentos envolvendo o último tender indiano de ureia. Dada a quantidade do nitrogenado adquirida até o momento, a Índia deverá promover mais um leilão nas próximas semanas. Esse fato deixa uma incerteza quanto ao direcionamento dos preços. Inclusive, as cotações da ureia CFR Brasil ficaram na casa de US$ 405-410/t; ofertas acima desses valores estavam com “0 liquidez”. Analisando o comportamento dos preços da ureia nas últimas três semanas, percebe-se que as cotações recuaram por volta de 8,0%, mesmo assim seguem superiores aos valores vistos no final do mês de agosto, momento no qual as negociações aconteciam abaixo de US$ 350/t CFR Brasil.
No Oriente Médio, as cotações da ureia estavam próximas de US$ 405/t FOB. Já no Egito, os preços observados partiram de US$ 415-420/t FOB. Quanto ao sulfato de amônio, as cotações também apresentaram ligeiras quedas, com os preços entre US$ 205-210/t CFR Brasil. Por fim, o nitrato de amônio acompanha seus pares e também recua. No mercado doméstico brasileiro, as cotações dos nitrogenados não tiveram grandes mudanças na última semana. O índice de preços regionais de ureia acompanhados pela Agrinvest Commodities apontou que as cotações da ureia ficaram com uma média de R$ 2.700-2.800/t. No Mato Grosso, as cotações do nitrogenado FOB Sinop foram recebidas na casa de US$ 550/t. No entanto, o sentimento de baixa liquidez ainda permanece muito presente. Outro fato que volta a ser discutido no mercado global é o aumento nas cotações do gás natural na Europa. Os preços da commodity energética no velho continente estão buscando as máximas de abril deste ano. Todavia, os estoques europeus continuam superiores às médias históricas para o período. Nos próximos meses, as temperaturas começam a recuar no continente, aumentando as preocupações quanto ao uso de gás.
Após quarenta dias de certa estabilidade, na semana passada, as cotações do MAP CFR Brasil apresentaram um aumento de US$ 20/t e buscaram a marca de US$ 550/t, atingindo a máxima do início de maio deste ano. Mesmo com o aumento, os preços dos fosfatados no Brasil se mostram inferiores aos praticados no sudeste asiático. Países como Índia, Paquistão e Bangladesh estão adquirindo DAP próximo de US$ 600/t CFR. E os chineses estão vendendo DAP entre US$ 575-580/t FOB. A razão para essa diferença é fundamentada por uma demanda mais aquecida na Ásia. Segundo fontes locais, os indianos consumiram grandes quantidades de fosfatados no mês de agosto. Além disso, as importações de DAP na Índia superaram 3,97 milhões de toneladas nos primeiros sete meses de 2023, um crescimento de 50% em comparação ao mesmo período do ano passado, consolidando-se como o maior volume importado da história, considerando o período de janeiro a julho. Ainda em relação aos indianos, nas próximas semanas, os “players” ficarão atentos aos anúncios dos subsídios para a próxima temporada, o que influencia diretamente os preços praticados naquele país. No mercado doméstico brasileiro, percebe-se uma falta de disponibilidade de fosfatados para o curto prazo. Algumas empresas só trabalham com entrega para novembro. Os preços do MAP no porto de Paranaguá tiveram um aumento nesta semana, passando de US$ 580/t FOB para US$ 610/t. Já em Rondonópolis, as cotações ficaram estáveis.
Mais uma vez, sem grandes novidades, os preços do Cloreto de Potássio não apresentaram variações consideráveis nos últimos sete dias. Os preços permanecem em torno de US$ 350/t CFR Brasil. Na cena internacional, Bangladesh anunciou um novo tender para adquirir cloreto de potássio. Além disso, os indianos devem reduzir os subsídios para as aquisições de potássio visando a próxima temporada, denominada Rabi; os cortes devem ficar em torno de 15%. Isso é previsto, uma vez que os preços do cloreto recuaram em comparação ao início do ano, ou seja, os incentivos tendem a diminuir. No mercado doméstico brasileiro, as cotações permanecem estáveis, com preços próximos a US$ 500/t FOB Rondonópolis.
O padrão AAO permanecerá em sua fase negativa nos próximos 10 dias, mantendo o padrão para a América do Sul.
AAO: A Oscilação Antártica (Antartic Oscillation – AAO) ou Modo Anular Sul (Southern Annular Mode – SAM) é o principal modo de variabilidade climática natural da circulação extratropical no Hemisfério Sul (HS) – UNIFEI.
O SAM é representado por uma oscilação nos valores dos sistemas de pressão superficial entre médias e altas latitudes do Hemisfério Sul. Este padrão de teleconexão pode ser quantificado pelo Índice de Oscilação Antártica (Antarctic Oscillation Index – AAO), o qual pode ser neutro, positivo ou negativo.
Clima: Nos próximos 15 dias, a presença do AAO negativo vai favorecer a manutenção do padrão visto até nos últimos dias. Clima seco no Centro Oeste e temperaturas elevadas. O Mato Grosso vai receber de 15 a 50 mm a menos que o normal para essa época.
Já o Rio Grande do Sul e a Argentina continuarão recebendo mais chuvas que o normal e temperaturas mais amenas que o normal. As figuras abaixo mostram os acumulados desde julho no Rio Grande do Sul e no Mato Grosso, também como as previsões de chuvas para 15 dias.
Foram destaques nessa semana: A alta do trigo; o programa brasileiro de exportação de milho e alta do câmbio;
Depois de bater a mínima de 3 anos, o trigo na CBOT caminha para encerrar a semana com alta de mais de 35 centavos por bushel. A alta do trigo puxou o milho e a soja na carona. Alguns motivos da alta do trigo:
– Tensões renovadas no Mar Negro. A Lloyds, uma das mais antigas seguradoras do mundo, informou que um navio foi atingido com uma mina aquática no corredor de grãos protegido pela Ucrânia. Isso mostra que o corredor não é tão protegido assim, o que pode encarecer os fretes e os seguros. Muito tem se falado na volta da Ucrânia ao mercado de navios Panamax para a Ásia, o que ajudou a pressionar os prêmios no Brasil;
– Trigo americano voltou a ficar competitivo na exportação depois das fortes quedas recentes;
– Quebra na produção de trigo no Hemisfério Sul – Austrália e Argentina (juntos 18 milhões de toneladas a menos em relação ao ano passado);
– Rússia já exportou 17 Mi de t na primeira metade da temporada 23/24 iniciada em julho. A cota de exportação é de 25 milhões de toneladas até dezembro – quando a cota for batida, o imposto de
exportação será elevado;
– China importando mais trigo devido à qualidade ruim do seu trigo de inverno nessa safra. Choveu muito durante maio e junho nas províncias de Henan e
Anhui. O trigo nas províncias produtoras acumula alta de mais de 10% em relação às mínimas da colheita;
– A Argentina já vendeu 5 Mi de t na exportação para 2023/24 de um saldo de 9,0 Mi de t – esse é o limite das licenças de exportação.
– Os fundos estão muito vendidos, tanto no trigo como no milho. No milho, é a maior posição desde 2020. Uma mudança de cenário pode trazer um forte movimento de reversão;
O problema desses fundamentos é que nenhum deles tem muito a ver com os fundamentos americanos. O trigo americano continua caro e as vendas estão mais lentas que ano passado que já foram muito lentas. Apesar de vários pontos construtivos para os preços, eu diria que na CBOT podemos ter visto o fundo sazonal, mas não a reversão do movimento de queda.
E o programa do milho brasileiro continua batendo recordes. O total embarcado em setembro conseguiu superar o recorde de agosto – em agosto o total embarcado chegou a 9,26 milhões e setembro 9,33 milhões (base lineup). De fevereiro a setembro o total embarcado está em 28,7 milhões de toneladas e as nomeações para outubro já estão em 9 milhões e para novembro perto de 1 milhão. Ao todo, o programa brasileiro se aproxima de 39 milhões de toneladas. O ritmo está extremamente forte, podendo passar de 55 milhões, ou até chegar a 60 milhões. O que vai definir o número final:
– Oferta de milho. Ainda há muito milho no Paraná e no Mato Grosso do Sul. Nos dois estados o total ainda a ser vendido é de 18 milhões de toneladas. Diria que podemos ver 12 milhões vindo a mercado antes da entrada da safra da soja;
– Logística. Mesmo sem contar com o porto de Paranaguá, o programa continua muito forte, o que mostra a eficiência dos demais portos, em especial no Arco Norte;
– O câmbio. Seu papel é fundamental porque define o ritmo do farmer selling e também o custo de originação – o custo de originação caiu nesses últimos dias, aumentando a competitividade do Brasil. O farmer selling do milho nessa semana já está em 2 milhões de toneladas;
– A competitividade e a cobertura dos importadores – o Brasil é o mais competitivo posto Ásia e os compradores continuam curtos em cobertura. As últimas rodadas de compras da Coreia foram para embarque ainda em outubro e 1ª quinzena de novembro. Isso quer dizer que o Brasil é o mais barato para a janela de novembro e dezembro, e a demanda ainda precisa cobrir boa parte da sua necessidade. A dúvida será para janeiro.
– Programa da soja. O programa da soja continua, mas sem atrapalhar o milho. Os portos de Paranaguá e Rio Grande continuam dedicados. O ponto principal para o programa do milho chegar em 60 milhões será a virada dos portos do Arco Norte e Santos para a soja. Isso vai depender do ritmo do plantio no Mato Grosso e quão cedo as tradings irão virar seus programas para a soja no Norte;
Mais uma semana de alta para o dólar. O IDX caminha para encerrar com alta de 0,3% na semana, ou a 13ª alta em 14 semanas. Existem em ação duas alavancas para o dólar: 1) o diferencial de juros entre os EUA e as demais economias, maduras ou emergentes. A taxa de juros real nos EUA está no maior nível desde 2007, reforçando também o fluxo. Como os rendimentos dos títulos americanos estão subindo, os demais títulos devem subir também, o que para muitos significa piora das contas públicas e dificuldade de financiamento – alta do câmbio. Hoje os países mais sensíveis são os países asiáticos. As moedas da Filipinas, Indonésia, Malásia, Vietnam e Tailândia estão perto de suas mínimas. A redução do diferencial de juros também recebe um impulso adicional da queda do comércio global e da desaceleração da China, o que torna todos os países da Ásia menos atrativos, assim como exportadores de commodities como Austrália, Brasil e Chile; 2) hoje existe uma draga de dólares em ação no mercado, os mais de 33 trilhões de dívida bruta dos EUA – o endividamento está crescendo na ordem 500 bilhões de dólares por mês. Quando você pensa no montante e quanto que o tesouro americano precisa vender e rolar todo dia, daí dá para ter uma ideia do tamanho da demanda por dólares. Para 2024, o tesouro anunciou que as emissões devem crescer quase 25%, o que vai aumentar a demanda por dólares mais ainda. Ao contrário do Japão, os EUA precisam de interessados em comprar seus papeis dentro dos EUA e fora também. É como se fosse uma enorme draga de dólares em ação. Sem o Fed para monetizar a dívida, os investidores começam a se perguntar até onde os rendimentos dos títulos podem ir. Se a desconfiança continuar crescendo, o tesouro americano tem as seguintes saídas: 1) o Fed voltar a comprar, como fez durante 2020, 2021 e 2022, o que seria igual a jogar gasolina na fogueira da inflação – mais dólares em circulação; 2) encurtar a idade média da dívida. Isso funciona por um tempo, mas levaria a mais cortes de sua nota de crédito no tempo e mais pressão de baixa sobre o valor dos títulos – rendimento para cima; 3) não faz nada e deixa o barco andar, apostando na força da economia – retomada da arrecadação. Parece que é isso que vai acontecer. Tudo bem se a economia não entrar em uma recessão e os gastos com seguro desemprego começarem a subir, além de outros gatilhos automáticos de aumento de gastos. Me parece que o grande risco disso tudo é o que ninguém consegue ver e medir. Hoje os americanos estão bem mais endividados e não se sabe qual o impacto da perda de valor dos papeis no poder do público, principalmente bancos menores.
Rápidas da manhã: Bolsas no ocidente de lado, no aguardo dos dados do mercado de trabalho americano (sai hoje às 9h30); o selloff dos títulos americanos deu uma pausa. A taxa dos títulos de 10 anos bateu 4,88% na máxima da semana e agora está em 4,74% (essa semana a taxa renovou máxima de 17 anos); petróleo acumula queda de quase 10% essa semana. Agora está a $82,60; IDX estável e ouro caindo 0,25%; os modelos começam a mostrar mais consenso. Boas chuvas para os próximos 15 dias nas principais regiões produtoras;
O Banco Central divulgou na última segunda-feira a atualização das projeções das principais instituições financeiras do país para os indicadores macroeconômicos mais relevantes do Brasil.
Para a semana encerrada no dia 29 de setembro, os analistas mantiveram inalteradas as suas projeções para o IPCA, o PIB, a taxa Selic e a taxa de câmbio ao final de 2023.
A projeção do PIB desse ano seguiu em 2,92% e do IPCA em 4,86%.
A expectativa da taxa Selic foi mantida em 11,75% ao final desse ano e o dólar em R$ 4,95.
Para 2024 houve alta marginal nas projeções para o IPCA e taxa de câmbio. Para o IPCA subiu de 3,86% para 3,87%, enquanto o dólar saltou de R$ 5,00 para R$ 5,02. Já a projeção do PIB ficou estável em 1,50% e taxa Selic em 9,00% ao final de 2024.
O programa de exportação brasileiro de soja fechou o mês de setembro 6,40 milhões de toneladas. Em setembro de 2022 o total foi de 4 milhões de toneladas.
Em setembro as exportações de soja atingiram recorde na série histórica, superando a máxima anterior de 4,82 milhões de 2021. Estão nomeadas para outubro exportação de 7,49 milhão de toneladas e para novembro 1,70 milhão de toneladas, portanto, o comprometido no ano é de 96,44 milhões de toneladas.
De janeiro a agosto o Brasil embarcou para a China 56,69 milhões de toneladas, contra 47,40 milhões de toneladas na média dos últimos dois anos. Nesse mesmo período o Brasil embarcou 3,7 milhões de toneladas de soja para a Argentina, volume recorde – em todo o ano passado foram embarcadas para o país vizinho apenas 289 mil toneladas.
O programa de exportação brasileiro de milho encerrou setembro com 8,76 milhões de toneladas. Em setembro do ano passado o total foi de 6,42 milhões de toneladas.
Em setembro as exportações de milho atingiram recorde na série histórica, superando a máxima anterior de 6,44 milhões em 2019. Estão nomeadas para outubro exportação de 9,01 milhões e para novembro 795 mil toneladas, portanto, o comprometido no ano é de 37,61 milhões de toneladas.
No acumulado do ano o Brasil embarcou para a China 3,62 milhões de toneladas do cereal, sendo 2,35 milhões somente em agosto – recorde para um mês. Na temporada passada, quando iniciou as negociações de compra do milho brasileiro por parte do gingante asiático, foram embarcadas de fevereiro a janeiro 2,14 milhões de toneladas.
O programa de exportação de farelo de soja embarcou em setembro 1,71 milhão de toneladas. No nono mês de 2022 o total foi de 1,90 milhão de toneladas.
As embarcações mensais desaceleraram após 4 meses seguidos de volumes acima de 2 milhões de toneladas. Estão nomeadas para outubro exportação de 2,01 milhões de toneladas e para
novembro 66 mil toneladas, portanto, o comprometido no ano é de 19,17 milhões de toneladas. O principal comprador de farelo do Brasil essa temporada é a Tailândia (2,5 mmt), seguido pela Indonésia (2,37 mmt).
O Brasil também exibe recorde nas exportações de óleo de soja, que atingiram no acumulado do ano 1,93 milhão de toneladas.
O programa de exportação de algodão encerrou setembro 186 mil toneladas. No mesmo mês de 2022 o total foi de 184,85 mil toneladas.
Esse foi o segundo melhor setembro da série histórica, ficando atrás apenas de setembro do ano passado. No acumulado do ano foram exportadas 788 mil toneladas da fibra natural – no mesmo período do ano passado o volume foi de 1,1 O principal destino do algodão brasileiro nessa temporada é Bangladesh, que comprou do Brasil 125,79 mil toneladas de janeiro a agosto.
O programa de exportação de carne bovina fechou setembro 195 mil toneladas. Em agosto de 2022 o volume total foi de 202,07 mil toneladas.
No acumulado do ano foram exportadas 1,41 milhão de toneladas de carne bovina brasileira. A China comprou de janeiro a agosto 719,42 mil toneladas, enquanto no mesmo período do ano passado o volume foi de 780,48 mil toneladas.
O programa de exportação de carne suína embarcou em setembro 98,5 mil toneladas. No mesmo mês de 2022 o total foi de 100,36 mil toneladas.
Esse foi o terceiro melhor setembro da série histórica. No acumulado do ano foram embarcadas 882,2 mil toneladas, volume recorde. No mesmo período do ano passado foram embarcadas 801 mil toneladas. No primeiro semestre a China comprou 282,94 mil toneladas da carne suína brasileira, volume 5% superior a 2022.
Alemanha - Produção Industrial
Brasil - Boletim Focus
EUA - Condições das lavouras
Brasil - Produção Industrial
Brasil - PCA-15
EUA - Discurso Waller – FED
EUA - Discurso Kashkari - FED
Alemanha - Inflação ao consumidor
Brasil - IPCA
Brasil - Confiança consumidor
EUA - Inflação às empresas
EUA - ATA FOMC – FED
Europa - ATA BCE
EUA - Vendas semanais
EUA - Inflação ao consumidor
EUA - WASDE
China - Inflação ao Consumidor e às empresas
China - Balança comercial
Europa - Produção Industrial
EUA - Confiança Consumidor U. Michigan
Estrategista de Commodities
(41) 3094.0228
marcos@agrinvest.agr.br
Analista do Complexo da Soja
(41) 3094.0221
eduardo@agrinvest.agr.br
Analista Macro
(41) 3094.0220
thiago.davino@agrinvest.agr.br
Mercado de Trigo
(41) 3094.0357
guilia.zenidin@agrinvest.agr.br
Analista de Fertilizantes
(41) 3094.0229
jefersonsouza@agrinvest.agr.br
Analista do Complexo da Soja
(41) 3094.0200
guilherme.jacomini@agrinvest.agr.br
O COBRE É O TERMÔMETRO: Algumas commodities são como “canarinhos da mina” quando se fala de ciclos econômicos, acusando reversões de ciclo de contração e expansão. O petróleo sem dúvida é um termômetro muito observado, mas que nesse momento está subindo como resultado dos cortes de produção, o que não reflete bem os fundamentos – basta a OPEP+ reverter os cortes de produção e teremos um balanço bem mais folgado.
COMMODITIES: O petróleo está muito volátil. Em junho o petróleo era negociado a $67 o barril, saltando quase 40% até suas máximas na virada do mês de setembro perto de $94 o barril. Nessa semana, o petróleo despencou 12% para menos de $83, confirmando a pior semana do ano.
A alta foi puxada pelos cortes da OPEP+ e pelo anúncio da Rússia de redução das exportações de diesel no final de setembro. A reversão do rally veio rápido, ocasionada pela forte alta dos rendimentos dos títulos americanos, revisões para baixo no crescimento global para esse ano e para o próximo e menor crescimento da China, o maior importador global.
O TRIGO FOI O DESTAQUE DE QUEDA: Depois de bater a mínima de 3 anos, o trigo na CBOT caminha para encerrar a semana com alta de mais de 33 centavos por bushel. A alta do trigo puxou o milho e a soja na carona.
Menor produção global, tensões no Mar Negro, a Rússia perto de sua cata limite de exportação e fundos muito vendidos são os principais fundamentos da alta do trigo.