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AGRINVEST WEEKEND – ED03 | V4

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WKD 02º V4 Weekend (1)
AGRINVEST WEEKEND – ED02 | V4
23 de janeiro de 2024
Publicado por admin_agrinvest em 30 de janeiro de 2024
Categorias
  • AGRINVEST WEEKEND
Tags
    WKD 03º V4 Weekend

    WKD 03º V4 Weekend

    Cronologia dos acontecimentos recentes do corredor de grãos

    Índice

    • A inflação desacelera inesperadamente no Brasil em janeiro

    • As exportações de trigo dos EUA podem ser ainda menores em 2024/25

    • Cronologia dos acontecimentos recentes do corredor de grãos

    • Fertilizantes: Resumo semanal das matérias-primas

    • Mercado na Ásia

    • Perspectivas - Economia Brasil

    • Programa de Exportação Brasileiro

    • Gráficos da semana

    MACRO

    Macro - com Thiago Davino

    A inflação desacelera inesperadamente no Brasil em janeiro

    O IBGE divulgou há pouco o IPCA-15 de janeiro, que registrou alta mensal no período de 0,31%, abaixo do esperado pelo mercado (0,47%) e do reportado em dezembro (0,40%). Dessa forma, a inflação desacelerou inesperadamente em nosso país.

    Diante do resultado do primeiro mês do ano, a alta acumulada em 12 meses registrou desaceleração, recuando de 4,72% em dezembro para 4,47% em janeiro. O número também ficou abaixo do estimado pelos analistas, que era alta de 4,63%. Vale salientar, que o IPCA-15 em janeiro registrou a terceira desaceleração seguida nessa base de comparação.

    IPCA-15 acumulado em 12 meses (em %)

    O GRUPO ALIMENTAÇÃO TEM IMPACTO MAIOR QUE A INFLAÇÃO DE JANEIRO

    Entre os nove grupos pesquisados pelo IBGE, sete registraram alta na variação mensal. O grupo que teve o maior impacto inflacionário em janeiro foi Alimentação e bebidas, ao registrar forte alta mensal de 1,53% e impacto de 0,32 p.p. sobre o índice geral. Ou seja, a alta mensal do IPCA-15 ficou abaixo da inflação registrada no grupo de Alimentos e bebidas.

    Dentro do grupo Alimentação e bebidas, a maior pressão inflacionária veio do item alimentação no domicílio (+2,04%), refletindo as altas nos valores dos seguintes subitens: batata-inglesa (25,95%), tomate (11,19%), arroz (5,85%), frutas (5,45%) e das carnes (0,94%).

    A alimentação fora do domicílio subiu 0,24%, refletindo o subitem refeição (0,32%) e lanche (0,16%).

    O outro destaque de alta ficou para o grupo Saúde e cuidados pessoais, que registrou variação de 0,56% e impacto de 0,08 p.p. sobre o índice geral.

    Nesse grupo, os destaques de alta ficaram para: plano de saúde (0,77%) e higiene pessoal (0,58%). Os subitens de higiene pessoal que impulsionaram o preço do grupo foram: desodorante (1,57%), produtos para pele (1,13%) e perfume (0,65%).

    Os outros cinco grupos que também reportaram inflação no primeiro mês do ano foram: Habitação (0,33% e impacto de 0,05 p.p.), Artigos de residência (0,26% e impacto de 0,01 p.p.), Vestuário (0,22% e impacto de 0,01 p.p.), Despesas pessoais (0,56% e impacto de 0,06 p.p.) e Educação (0,39% e impacto de 0,02 p.p.).

    O GRUPO TRANSPORTES TEM FORTE DEFLAÇÃO EM JANEIRO

    A forte queda mensal de 1,13% no grupo Transportes foi fundamental para a surpresa positiva do IPCA-15 em janeiro. O impacto sobre o índice geral foi de -0,24 ponto percentual.

    A forte deflação desse grupo foi influenciada pelo recuo de 15,24% no preço das passagens aéreas, que teve impacto de -0,16 p.p. sobre o índice geral. Ou seja, apenas esse item foi responsável por 66,7% da queda do grupo no mês de janeiro.

    Outras quedas do grupo Transportes em janeiro foram: etanol (-2,23%), óleo diesel (-1,72%) e gasolina (-0,43%). Em contrapartida, o preço do gás veicular subiu 2,34%.

    O outro grupo a reportar deflação foi Comunicação, com leve queda de -0,03% e impacto de 0,00 ponto percentual sobre o índice geral.

    IPCA 15

    SURPRESA POSITIVA NÃO DEVE MUDAR RITMO DE CORTE DE JUROS PELO COPOM

    Apesar do resultado de janeiro sugerir que o Copom possa aumentar o ritmo de corte de juros ao longo das próximas reuniões, a tendência é que as quedas de 0,5 p.p. sejam mantidas nas três primeiras decisões desse ano, como já sinalizou a nossa autoridade monetária no comunicado da última decisão.

    Com as expectativas inflacionárias acima do centro da meta, o Copom tende a ser mais conservador e não aumentar a mão na redução da taxa Selic em nosso país.

    Porém, se os números da inflação seguirem surpreendendo positivamente nos próximos meses, poderá ser possível o Copom acelerar o ritmo de queda de juros em meados desse ano. Mas por enquanto, esse cenário é pouco provável.

    O que o número de janeiro reforça, é que há espaço para o ciclo da queda da taxa de juros trazer a Selic abaixo de dois dígitos até o final de 2024, com expectativa de encerrar o ano em 9%.

    Expectativa para o IPCA para os anos de 2024, 2025 e 2026
    Bela Safra

    TRIGO

    Trigo - com Giulia Zenidin

    As exportações de trigo dos EUA podem ser ainda menores em 2024/25

    Prévia: Nos últimos meses, a baixa atratividade nos preços do trigo dos EUA, diante de um dólar mais forte contra moedas emergentes, ritmo lento de recuperação da economia global pós-pandemia e forte competitividade de outros players no mercado de exportação, especialmente a Rússia, fizeram as exportações de trigo americano caírem drasticamente.

    As vendas de exportações também estão fracas, o que deve fazer o país registrar o seu pior nível de exportação de trigo em mais de 50 anos.

    A FRACA DEMANDA PELO TRIGO AMERICANO

    Nos últimos meses, a baixa atratividade nos preços do trigo dos EUA, diante de um dólar mais forte contra moedas emergentes, ritmo lento de recuperação da economia global pós-pandemia e forte competitividade de outros players no mercado de exportação, especialmente a Rússia, fizeram as exportações de trigo americano caírem drasticamente.

    O gráfico abaixo, apresenta a evolução das vendas semanais de trigo dos EUA nos últimos meses. Note a linha preta, que representa os embarques de trigo, os volumes tem ficado bem abaixo da média de três anos (área cinza do gráfico).

    exportações semanais de trigo dos Eua (em 1000t)

    As vendas de exportações também estão fracas, o que deve fazer o país registrar o seu pior nível de exportação de trigo em mais de 50 anos.

    OS EUA ESTÃO PERDENDO MERCADO

    A participação dos EUA no share das exportações globais de trigo, caiu fortemente nos últimos anos, ao mesmo tempo em que a Rússia e União Europeia, principalmente, aumentaram sua participação no fornecimento de trigo a outros países.

    Veja que na temporada 2016/17, a Rússia representou 27% das exportações globais de trigo – praticamente dobrando este número em 2023/24, correspondendo a 50% de todo o trigo exportado no âmbito global na temporada atual.

    Em contrapartida, os EUA caíram de 28% em 2016/17 para atuais 19% em 2023/24, de acordo com as estimativas do USDA. Vale lembrar, porém, que ainda estamos na metade da temporada e, com o fraco ritmo das vendas e embarques de trigo dos EUA, podemos ainda nem chegar neste percentual até final de maio.

    trigo - participação das exportações globais dos principais players (em %)

    QUEDA NA ÁREA DE TRIGO E AUMENTO PARA A SOJA NOS EUA?

    Para a temporada 24/25 já há previsões de uma forte queda na área cultivada com trigo de primavera nos EUA. A Farm Futures disse que sua estimativa é de uma queda de área em 19% em relação ao ano passado, totalizando 9,1 milhões de acres.

    Embora o trigo de inverno parece ter ficado quase nos mesmos níveis de área cultivada em relação a temporada 23/24, as lavouras tem sinalizado preocupação com a baixa umidade do solo. Esse é um ponto a se acompanhar nos próximos meses.

    A queda nos hectares cultivados com trigo nos EUA, está relacionada a queda nos preços internacionais, mas principalmente, a falta de competitividade do trigo americano na exportação, como explicado anteriormente.

    Além de uma forte perda de demanda, por uma migração dos compradores para o trigo russo, ucraniano e europeu nos últimos meses, os preços do trigo em Chicago, caíram quase 30% nos últimos 12 meses.

    Ao mesmo tempo, o aumento de plantas de esmagamento de soja e produção de biodiesel nos EUA, tem feito cada vez mais, os produtores abandonarem a cultura do trigo, favorecendo o aumento de áreas destinadas à soja.

    Área colhida de trigo e área colhida de soja nos EUA nas últimas safras

    A figura acima mostra claramente, que a queda na área de trigo, está fortemente correlacionada ao aumento da área cultivada com soja.

    COMO OS PREÇOS DEVEM SE COMPORTAR?

    A pergunta que chegamos, é se com a redução na área e produção de trigo dos EUA, os preços em Chicago tendem a reagir nos próximos meses? Há chances, até porque, os preços na CBOT continuam próximos de seus menores níveis dos últimos três anos. Contudo, o que precisamos avaliar, é como os estoques finais de trigo, tanto nos EUA, como no cenário mundial.

    Por enquanto, as perspectivas são de manutenção nos estoques finais globais de trigo em 24/25, já que players importantes, como Canadá, Índia e Rússia, vem sinalizando grandes produções, com aumento ou manutenção de produção em relação a temporada 24/25.

    Nos EUA, os estoques finais da temporada 23/24 devem finalizar em 36% em relação a produção da safra de 49,31 Mi t, ficando praticamente dentro da média dos últimos 24 anos, que é de 37%.

    Logo, pelo menos até maio, sem grandes adversidades ocorram sobre as lavouras de trigo ao redor do globo e nenhum problema geopolítico se acentue, ainda não há grandes motivos que fundamentem uma elevação significativa dos preços internacionais do trigo, especialmente na CBOT.

    Vale lembrar ainda, que neste momento, o trigo europeu encontra-se mais competitivo em relação aos demais, até mesmo contra o trigo da Rússia. Mas, em meio uma perspectiva de colheita de 92 Mi t novamente em 24/25, com um saldo exportável se repetindo em quase 50 Mi t na nova temporada, é possível que nos próximos meses, o cereal da Rússia volte a ceder, pressionando novamente o mercado.

    preços de exportação do trigo nas principais origens (FOB - US$_t)
    Agente Autônomo de Investimento

    GRÃOS

    Grãos - com Daria Chestina

    Cronologia dos acontecimentos recentes do corredor de grãos

    EXPORTAÇÃO

    Exportações ucranianas de grãos na safra 2023/24 ultrapassaram 22 milhões de toneladas.

    De acordo com os dados operacionais do Serviço de Alfândega do Estado, até 24 de janeiro, desde o início da campanha de comercialização 2023/24, a Ucrânia exportou 22,147 milhões de toneladas de grãos e leguminosas, das quais 3,682 milhões de toneladas foram embarcadas este mês, informou o serviço de imprensa do Ministério da Política Agrária da Ucrânia.

    Em termos de culturas, desde o início da atual safra, foram exportados:

    🔹trigo – 8,72 milhões de toneladas (2022/23 – 9,281 milhões de toneladas);

    🔸Cevada – 1.273 milhões de toneladas (2022/23 – 1.788 milhões de toneladas);

    🔸milho – 12.003 milhões de toneladas (2022/23 – 14.571 milhões de toneladas);

     

    FRETE

    As taxas de frete para o transporte de milho dos portos da Grande Odesa diminuíram ligeiramente.

    De acordo com os analistas da Atria Brokers, a partir de 18 de janeiro, as taxas de frete dos graneleiros Handysize para o transporte de milho dos portos da Grande Odesa para os principais destinos diminuíram em 1-2 USD/mt em comparação com a semana anterior.

    Em particular, o frete para a Itália diminuiu para 34-36 USD/mt contra 36-38 USD/mt uma semana antes.

    O frete para a Espanha caiu para 36-38 USD/mt contra 37-39 USD/mt, respectivamente.

     

    COLHEITA

    Na Ucrânia, 10% da área cultivada com milho ainda não foi colhida.

    Em 11 de janeiro, o milho da safra 2023 na Ucrânia foi debulhado em 3,651 milhões de hectares (ou 90% da previsão), dos quais 28,432 milhões de toneladas foram debulhadas com uma produtividade de 77,9 kg/ha. Isso foi relatado pelo serviço de imprensa do Ministério de Política Agrária da Ucrânia com referência a informações operacionais sobre o progresso da campanha de colheita.

    Assim, na última semana, foram colhidas cerca de 65 mil toneladas de milho.

    No total, a colheita de grãos e leguminosas na Ucrânia até a data acima foi realizada em uma área total de 10,57 milhões de hectares (97%).

    FERTILIZANTES

    Fertilizantes - com Jeferson Souza

    Resumo semanal das matérias-primas

    Dados do dia 22 de Janeiro

    NITROGENADOS

    Nos últimos quinze dias, a tendência para os nitrogenados realmente mudou. O alerta que emitimos recentemente está se consolidando no curto prazo. Os preços da ureia terminaram a última semana fortalecidos no mercado internacional. Na terceira semana de 2024, ouviu-se que as ofertas de ureia CFR Brasil estariam na casa de US$350-360/t e até algumas mais elevadas, chegando a US$375/t. Ou seja, teríamos um incremento nos preços na ordem de US$20/t nos últimos sete dias. Do dia 06/01 até a última sexta-feira (19/01) , o nitrogenado subiu praticamente US$40/t, ou ainda 12,7%. Esse movimento também foi observado em outras localidades.

    No Oriente Médio, as negociações aconteceram a US$350/t FOB, contra US$310-315/t no começo deste ano. No Egito, as vendas saltaram para US$ 380/t FOB. Já nos EUA, os preços das barcaças FOB Nola atingiram US$ 330/st. No final de 2023, os americanos estavam negociando as barcaças do nitrogenado abaixo de US$ 300/st. Se, por um lado, os preços da ureia estão subindo, por outro lado, o movimento de queda na amônia se intensificou. A matéria-prima base para a fabricação de fertilizantes nitrogenados recuou praticamente US$ 50/t no Oriente Médio. Além disso, os indianos concretizaram a aquisição de 10.000t de amônia a US$ 320/t CFR para entrega no final de fevereiro; os preços anteriormente praticados estavam superiores a US$ 350/t. Outro destaque importante é que o gás natural segue em queda na Europa; mesmo com um inverno rigoroso, as cotações da commodity energética já são vistas abaixo de €30,00 por MWh. Esse valor chegou a superar €135 por MWh no inverno de 2022. Em relação ao sulfato de amônio, as cotações foram influenciadas pelos incrementos na ureia. Na última semana, as referências recebidas situaram-se em US$170-180/t CFR Brasil; portanto, em sete dias, observou-se um incremento de 4,2% nos preços do fertilizante. Agora, falando sobre o mercado doméstico brasileiro: com a alta nas cotações internacionais da ureia, a resposta foi direta aos consumidores locais. Analisando os preços praticados do final de 2023 até a última sexta-feira (19/01), pode-se dizer que a tonelada da ureia subiu entre US$ 30-40.

    As referências recebidas nos últimos dias foram de preços próximos a US$420-430/t FOB Paranaguá e US$ 500/t FOB Rondonópolis. O índice semanal de preços do mercado doméstico, realizado semanalmente pela Agrinvest Commodities, aponta a tonelada da ureia a R$ 2.470, contra R$2.350 no dia 12 de janeiro de 2024. Nesse ponto, também temos a interferência da valorização da divisa americana. Quanto ao sulfato de amônio, os preços também se mostraram mais firmes, com as indicações FOB Rondonópolis superando US$300/t.

    FOSFATADOS

    Para os fosfatados, não há grandes novidades no mercado CFR. Os preços praticados no momento estão praticamente inalterados desde o final de setembro do ano passado. As cotações referências para o MAP CFR Brasil continuam na casa de US$555-565/t. Diferentemente do CFR, há alguns rumores de queda nos preços do MAP no interior do Brasil. Contudo, esse movimento não é generalizado. Pelo contrário, recentemente, certas companhias até mesmo aumentaram os preços de suas ofertas. Nos últimos dias, algumas indicações FOB foram vistas na casa de US$600/t, e na região do Médio Norte do MT, as cotações foram recebidas a US$655/t.

    Agora, para o superfosfato simples, os preços CFR Brasil não tiveram grandes mudanças. Contudo, há uma certa desconfiança no mercado doméstico brasileiro. Algumas empresas reajustaram para cima a tonelada do fosfatado. Os preços recebidos ficam próximos de US$350/t FOB Rondonópolis (SSP 21%).

    CLORETO DE POTÁSSIO

    Os preços do cloreto de potássio terminaram mais uma semana estagnados. As cotações CFR Brasil continuam entre US$290-300/t. Os próximos dias serão fundamentais para consolidarmos uma tendência de estabilidade ou ainda maiores retrações para o fertilizante.

    Mercados na asia

    A semana foi de recuperação para as ações na China e Hong Kong. Várias promessas de mais estímulos ajudaram a tirar os índices de suas mínimas de mais de 5 anos. Não é só o fato de estar na mínima de 5 anos, mas é o contraste em relação ao ocidente – essa semana o SP500 e o Nasdaq renovaram máximas históricas. Muitos outros contrates merecem uma olhada – o PIB americano de 2023 cresceu 3,3%, enquanto da China 5,2%. Esse spread nunca foi tão pequeno, com exceção do ano de 2020 (Covid). O diferencial de taxa juros dos bonds de 10 anos inverteu totalmente. Normalmente o bond chinês pagava de 2 a 3 pontos percentuais a mais que o americano, o que é o esperado – a China é um país emergente, portanto demanda investimento externo, precisa pagar mais para atrair. O diferencial chegou a bater 2 pontos percentuais a favor dos EUA em outubro do ano passado, caindo para 1,6. A inflação ao consumidor nos EUA está teimando na casa dos 3,5% na variação anual, sendo que na China está oscilando perto de zero, sendo que nos últimos três meses foi negativa. O que define o valor de uma moeda nos tempos de fiat Money são esses fundamentos, diferencial de crescimento, diferencial de juros e dinamismo. Na verdade, o que os regulares estão vendo é que se não colocarem um fundo nos índices acionários de Shanghai e Hong Kong, o dinheiro vai continuar saindo, tanto do lado do investidor chinês como do estrangeiro, o que é um risco.

    Primeiro porque é fonte importante de financiamento das empresas e depois porque o chinês vai ficar ainda mais pobre em termos de USD. Uma moeda depreciada ajuda os exportadores, as expensas do consumo interno, o que era requisito básico quando o modelo de crescimento era a exportação, mas passa a ser um problema em um momento de transição para um modelo de consumo interno. Além disso tudo, vale refletir sobre a tendência da China ser um contraponto aos EUA, mas para isso precisa ser uma potência militar, tecnológica e econômica. A moeda e seu valor está no centro de tudo isso.

    Na China as empresas de aviação, turismo e aeroportos já começaram a falar em projeções de recorde de viagens durante o feriado lunar (do dia 10 de fevereiro ao dia 18). No geral as empresas esperam crescimento de dois dígitos em relação a 2019. O que todos querem ver é se os chineses irão viajar e gastar mais durante o feriado lunar. Uma pesquisa acadêmica de 2018 mostrou que os chineses em viagem chegam a gastar até 26% a mais em alimentação. No entanto, se você olhar para as ações das empresas de alimentação, parece que o chinês vai viajar, mas vai levar junto uma marmita. Isso pode ser atribuído às projeções da maioria das redes de restaurantes falando em um consumidor mais cauteloso e mais avarento, sempre buscando descontos e mimos, o que reduz a margem. As vendas estão crescendo, só que o lucro não. Como isso afeta o agro? Já sabemos a resposta: o mercado chinês de proteína animal padece de supercapacidade e superprodução. A demanda aparente somando carne suína, bovina e frango bateu 84,7 milhões de toneladas em 2023, quando a média dos anos de 2010 a 2019 foi na casa dos 75 milhões. O pior é que os chineses não ficaram substancialmente mais ricos, falo da classe mais baixa, e a população está em processo de envelhecimento e encolhimento, ao mesmo tempo. Na verdade esse é o problema de uma economia turbinada a crédito, metas de crescimento e diretrizes. Dá uma olhada nas projeções de Elon Musk em relação às vendas da Tesla. Ele não falou abertamente que a pedra no sapato são os carros elétricos chineses, falou apenas em dificuldade de transição de tecnologia e produção. No entanto, a BYD se tornou o maior fabricante e vendedor de carros elétricos do mundo. Como tudo hoje na era digital “the winner takes all”, a China está na frente. O problema é que já há um excesso de capacidade de baterias, carros elétricos e painéis solares que já passa de 50%. No caso dos manufaturados o excesso de capacidade é exportado, mas no caso das carnes isso não é possível, a não ser que a carne chinesa se torne mais barata que as demais. Isso é possível? Não sei, mas já comprei tilápia no Walmart produzida na China mais barata que nossa tilápia.

    A semana vai chegando ao fim e o flat price da soja continua caindo, no Fob e no destino. Ontem os basis da soja caíram forte novamente no CFR China (custo e frete), queda de 10 centavos durante o overnight da 4ª-feira para 5ª-feira e mais 10 centavos durante nossa tarde da 5ª-feira. Hoje de madrugada falaram em ofertas mais baixas e indicações de compra abaixo de zero para embarque março. O ponto é que parece que a capacidade de embarque no Brasil para março, abril e maio é maior do que a vontade da China de comprar. Se o Brasil repetir os volumes do ano passado, estamos falando de 42,5 milhões de toneladas. No ano passado, desse total a China ficou com 31,3 milhões, quase 75%. Essa é a grande dúvida – a China precisa de 31,3 milhões entre março e maio? Se a demanda interna por rações for igual sim. É isso que o mercado lá está tentando descobrir. Se você olhar para o farelo na China você vai dizer que não precisa – o farelo em Dalian bateu mínima de 27 meses. Para piorar a história tem aumento de importação de farelo de colza e DDG, substitutos ao farelo de soja. Além disso, a lysina sintética está muito barata (novamente, excesso de capacidade) e o milho está na mínima de três anos. Pensando como trading, vendo que seu maior comprador está nesse cenário, o jeito é vender na frente e garantir logística – a pior coisa seria não performar os contratos de ferrovia, barcaças e deixar seus navios parados. É por isso que mais tradings têm mudado o foco do trade de grãos para a gestão da cadeia de suprimentos.

    Rápidas da manhã: Bolsas em queda no Ocidente; a discussão continua sobre o número de cortes de juros esse ano – Fed e BCE; na China o CSI300 encerrou a semana com alta de 1,9%, interrompendo uma sequência de 3 semanas em queda. Hang Seng (Hong Kong) encerrou com alta de 4,2% na semana, também interrompendo uma sequência de 3 semanas de queda. Corte de compulsórios aos bancos e cortes de juros em linhas de liquidez foram os motivos que tiraram as bolsas na China das mínimas de 5 anos – ao todo, a injeção de liquidez deve ser de mais de $420 bilhões; petróleo caindo 1% a $76,6 o barril; óleo de palma subindo e redução do esmagamento de canola no Canadá; a colheita da soja no Brasil continua avançando rápido no Centro-Oeste. O Lineup da soja está 3 milhões de toneladas à frente em relação ao ano passado (dia 23); mudança de padrão no clima: muita chuva para o Norte e pouca chuva para o Sul do AMS. A Bolsa de Buenos Aires revisou para cima a produção de soja (52,5 Mi t) e milho (56,5 Mi t). No caso do milho é recorde.

    Perspectivas economia brasil

    O Banco Central divulgou na última segunda-feira a atualização das projeções das principais instituições financeiras do país para os indicadores macroeconômicos mais relevantes do Brasil.

    Para a semana encerrada no dia 12 de janeiro, os analistas reduziram as suas expectativas para inflação e câmbio no país. As projeções para o PIB e a taxa Selic ao final de 2024 ficaram inalteradas.

    O destaque do relatório ficou para a queda na projeção do dólar ao final de 2024, que recuou de R$ 5,00 para R$ 4,95. A expectativa de início do ciclo de queda de juros nos EUA a partir da decisão do Fed em março e a robustez da balança comercial no Brasil, colocam um viés de desvalorização para o valor da moeda norte-americana no curto e médio prazo em nosso país.

    Refletindo uma projeção de dólar mais baixo esse ano, a projeção do IPCA foi reduzida de 3,90% para 3,87%.

    A taxa Selic ao final desse ano foi mantida em 9,00% ao ano e o PIB com crescimento de 1,59%.

    IPCA - DÓLAR - PIB - TAXA SELIC (1) (1)
    PROGRAMAS DE EXPORTAÇÃO BRASILEIRO

    Exportação de Soja

    O programa de exportação brasileiro de soja embarcou até a terceira semana de janeiro 1,95 milhão de toneladas. Em janeiro de 2022 o total foi de 839,60 mil toneladas.

    Estão nomeadas para janeiro exportação de 1,54 milhão de toneladas, portanto, o comprometido para o mês é de 3,49 milhões de toneladas – se todo o volume nomeado for embarcado será recorde para o mês. As nomeações de soja nos portos estão crescendo rápido. No início do mês o total nomeado era de 2,72 milhões de toneladas, e agora o total é de 7,76 milhões de toneladas (5,14 mmt em fevereiro e 1,07 mmt em março).

    A exportação total de soja em 2023 ficou em 101,86 milhões de toneladas. De janeiro a dezembro do ano passado o Brasil embarcou pra China 74,49 milhões de toneladas, 38,93% superior ao ano anterior.

    histórico brasileiro exportação de soja1
    histórico brasileiro exportação de soja2
    histórico brasileiro exportação de milho1
    histórico brasileiro exportação de milho2

    Exportação de Milho

    O programa de exportação brasileiro de milho embarcou nos primeiros 14 dias úteis de janeiro 3,70 milhões de toneladas. Em janeiro do ano passado o total foi de 6,13 milhões de toneladas.

    Estão nomeadas para janeiro exportação de 1,32 milhão de toneladas, portanto, o comprometido no ano é de 54,75 milhões de toneladas – na safra 21/22 foram embarcadas 46,56 milhões de toneladas, e na safra 20/21 20,78 milhões de toneladas.

    No acumulado do ano o Brasil embarcou para a China 15,17 milhões de toneladas do cereal, sendo o recorde mensal 3,46 milhões em outubro. Na temporada passada, quando iniciou as negociações de compra do milho brasileiro por parte do gigante asiático, foram embarcadas de fevereiro a janeiro 2,14 milhões de toneladas.

    Exportação de Farelo

    O programa de exportação de farelo embarcou até a terceira semana de janeiro 1,48 milhão de toneladas. No primeiro mês de 2023 o total foi de 1,40 milhão de toneladas.

    Estão nomeadas para janeiro exportação de 766 mil toneladas, portanto, o comprometido para o mês é de 2,24 milhões de toneladas -se todo o volume nomeado for embarcado, será recorde para o mês. Para fevereiro estão nomeadas 774,83 mil toneladas.

    A exportação total de farelo de soja em 2023 ficou em 22,60 milhões de toneladas, recorde na série histórica. Para o óleo de soja o Brasil iniciou 2023 atingindo recordes no volume embarcado, no entanto, por conta da queda das margens de esmagamento, o volume diminuiu no final do ano sendo exportado no total 2,14 milhões de toneladas, inferior a safra 21/22 que embarcou 2,39 milhões de toneladas.

    histórico brasileiro exportação de farelo de soja
    histórico brasileiro exportação de algodão

    Exportação do Algodão

    O programa de exportação de algodão embarcou até a terceira semana de janeiro 192,8 mil toneladas. No mesmo mês de 2023 o total foi de 123,98 mil toneladas.

    A exportação total de algodão em 2023 ficou em 1,62 milhão de toneladas, o menor valor desde a safra 18/19 quando foram embarcadas 1,61 milhão de toneladas. Em 2020 e 2021 as exportações ficaram acima dos 2 milhões de toneladas. A China comprou 776,65 mil toneladas em 2023, seguido do Bangladesh que comprou 207,77 mil toneladas.

    Exportação de Carne Bovina

    O programa de exportação de carne bovina embarcou nos primeiros 14 dias úteis de dezembro 122,9 mil toneladas. Em janeiro de 2023 o volume total foi de 159,65 mil toneladas.

    A exportação total de carne bovina em 2023 ficou em 1,99 milhão de toneladas, volume recorde e bem próximo ao ano anterior, quando foram embarcadas 1,98 milhão de toneladas.

    A China representa 60% das vendas brasileiras e comprou em 2023 1,19 milhão de toneladas, enquanto no mesmo período de 2022 o volume foi de 1,24 milhão de toneladas.

    histórico brasileiro exportação de carne bovina
    histórico brasileiro exportação de carne suína

    Exportação de Carne Suína

    O programa de exportação de carne suína embarcou até a terceira semana de dezembro 50 mil toneladas. No mesmo mês de 2022 o total foi de 86,92 mil toneladas.

    A exportação total de carne suína em 2023 ficou em 1,20 milhão de toneladas, volume recorde na série histórica. No mesmo período de 2022 o total foi de 1,09 milhão de toneladas.

    A China representa 32,6% das vendas brasileiras e comprou em 2023 388,35 mil toneladas, enquanto no mesmo período de 2022 o volume foi de 459,93 mil toneladas. A queda das compras do gigante asiático foi substituída pelo maior volume de compra de outros dois países: Hong Kong (122,76 mil toneladas) e Filipinas (119,21 mil toneladas).

    TIME AGRINVEST

    Marcos Araujo

    MARCOS ARAUJO

    Estrategista de Commodities
    (41) 3094.0228
    marcos@agrinvest.agr.br

    Eduardo Vanin

    EDUARDO VANIN

    Analista do Complexo da Soja
    (41) 3094.0221
    eduardo@agrinvest.agr.br

    Thiago Davino

    THIAGO DAVINO

    Analista Macro
    (41) 3094.0220
    thiago.davino@agrinvest.agr.br

    Giulia Zenidin

    GIULIA ZENIDIN

    Mercado de Trigo
    (41) 3094.0357
    guilia.zenidin@agrinvest.agr.br

    Jeferson Souza

    JEFERSON SOUZA

    Analista de Fertilizantes
    (41) 3094.0229
    jefersonsouza@agrinvest.agr.br

    Guilherme Jacomini

    GUILHERME JACOMINI

    Analista do Complexo da Soja
    (41) 3094.0200
    guilherme.jacomini@agrinvest.agr.br

    Gráficos da semana

    A BAZOOKA: Essa semana o BC Chinês resolveu tirar os índices acionários do fundo do poço. O CSI300 encerrou a semana com alta de 1,9% e o Hang Seng (Hong Kong) encerrou com alta de mais de 4% – em ambos os casos, é a primeira alta semanal do ano. O BC Chinês pretende injetar mais de $520 bilhões em novos estímulos, ou 3% do PIB (2023). Estímulos:

    – O BC estuda a transferência de $278 bilhões para empresas estatais no offshore. A ideia é fazer essas empresas comprarem ações negociadas em Hong Kong;

    – O BC vai cortar o compulsório aos bancos em 0,50%, o que representa uma injeção de $250 bilhões;

    Na verdade, o que os regulares estão vendo é que se não colocarem um fundo nos índices acionários de Shanghai e Hong Kong, o dinheiro vai continuar saindo, tanto do lado do investidor chinês como do estrangeiro, o que é um risco. Primeiro porque é fonte importante de financiamento das empresas e depois porque o chinês vai ficar ainda mais pobre em termos de USD. Uma moeda depreciada ajuda os exportadores, as expensas do consumo interno, o que era requisito básico quando o modelo de crescimento era a exportação, mas passa a ser um problema em um momento de transição para um modelo de consumo interno.

    A bazzoka do BC Chinês
    Grandes distorções

    A DISTORÇÃO: A semana foi de recuperação para as ações na China e Hong Kong. Várias promessas de mais estímulos ajudaram a tirar os índices de suas mínimas de mais de 5 anos. Não é só o fato de estar na mínima de 5 anos, mas é o contraste em relação ao ocidente – essa semana o SP500 e o Nasdaq renovaram máximas históricas.

    Muitos outros contrates merecem uma olhada – o PIB americano de 2023 cresceu 3,3%, enquanto da China 5,2%. Esse spread nunca foi tão pequeno, com exceção do ano de 2020 (Covid). O diferencial de taxa juros dos bonds de 10 anos inverteu totalmente.

    Normalmente o bond chinês pagava de 2 a 3 pontos percentuais a mais que o americano, o que é o esperado – a China é um país emergente, portanto demanda investimento externo, precisa pagar mais para atrair. O diferencial chegou a bater 2 pontos percentuais a favor dos EUA em outubro do ano passado, caindo para 1,6.

    No entanto, o que mais chama atenção é o diferencial de inflação. A inflação ao consumidor nos EUA continua na casa dos 3,5% na variação anual, sendo que na China está oscilando perto de zero – nos últimos três meses foi negativa.

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