O IBGE divulgou na terça-feira (26) o IPCA-15 de setembro, que registrou alta mensal no período de 0,35%, ligeiramente abaixo do esperado pelo mercado (0,35%), mas um pouco acima da alta de 0,28% reportado em agosto.
No acumulado em 12 meses, o IPCA registrou aceleração pelo segundo mês seguido, saltando de 4,24% em agosto para 5,00% em setembro. O resultado de setembro nessa base de comparação também ficou marginalmente abaixo do esperado pelos analistas (5,01%).
No acumulado do ano de 2023 registrou alta de 3,74% até o nono mês do ano.
Entre os nove grupos pesquisados pelo IBGE, seis registraram alta na variação mensal. O grupo que teve o maior impacto inflacionário em setembro foi Transportes, ao registrar forte alta mensal de 2,02% e impacto de 0,41 p.p. sobre o índice geral. Portanto, se o grupo Transporte tivesse registrado estabilidade o IPCA-15 de setembro teria reportado deflação.
Dentro desse grupo, o item combustível gerou o maior impacto inflacionário, com forte alta mensal de 4,85%. Entre os combustíveis, as variações foram as seguintes: 5,18% da gasolina (impacto de 0,25 p.p. sobre o índice geral), 17,93% do óleo diesel, 0,05% do gás veicular e -1,41% do etanol.
O reajuste promovido pela Petrobrás nos preços da gasolina e óleo diesel a partir do dia 16 de agosto é que justificou essa forte pressão inflacionária do item combustível.
Ainda no grupo Transportes, também foi registrado forte alta de 13,29% nas passagens aéreas, em ajuste após ter recuado 11,36% em agosto.
Os outros cinco grupos que também reportaram inflação no oitavo mês do ano foram: Habitação (0,30% e impacto de 0,05 p.p.), Vestuário (0,41% e impacto de 0,02 p.p.), Saúde e cuidado pessoal (0,17% e impacto de 0,02 p.p.), Despesas pessoais (0,35% e impacto de 0,04 p.p.) e Educação (0,05% e impacto de 0,00 p.p.).
Três grupos registraram deflação mensal em setembro, sendo alimentação e bebidas novamente a reportar a maior variação negativa, com queda de 0,77% e impacto de -0,16 ponto percentual. Em junho, julho e agosto, esse grupo havia reportado deflação de 0,51%, 0,40% e 0,65%, respectivamente.
Dentro do grupo Alimentação e bebidas, a maior pressão de baixa no preço veio do item alimentação no domicílio (-1,25%), refletindo as quedas nos valores dos seguintes subitens: batata-inglesa (-10,51%), cebola (-9,51%), feijão carioca (-8,13%), leite longa vida (-3,45%), carnes (-2,73%) e frango em pedaços (-1,99%).
Na ponta contrária, o item alimentação fora do domicílio registrou alta mensal de 0,46%, refletindo o aumento de 0,35% na refeição e 0,74% nos lanches.
Os outros grupos que reportaram deflação foram: Artigos de residência (-0,47% e impacto de -0,02 p.p.) e Comunicação (-0,15% e impacto de -0,01 p.p.).
A aceleração na variação mensal e no acumulado em 12 meses do IPCA-15 de setembro, reforça a visão do Copom de manter o ritmo de queda da taxa Selic em 0,5 p.p. nas duas últimas reuniões desse ano. Dessa forma, a taxa de juros no Brasil deverá encerrar esse ano em 11,75%.
Na decisão do Copom do dia 20 de setembro a autoridade monetária brasileira foi categórica na manutenção do ritmo do afrouxamento monetário nas reuniões que restam nesse ano. E o IPCA-15 reforça essa visão.
Para o ano que vem, o ritmo de corte de juros dependerá da condução da política fiscal no país. Se o governo conseguir entregar as contas públicas relativamente em ordem, como sugere a meta de resultado primário, o Banco Central brasileiro poderá seguir cortando a taxa Selic no ritmo atual, levando a taxa de juros a encerrar 2024 entre 8,5% e 9%.
Porém, se o governo falhar e ocorrer uma deterioração das finanças públicas, o corte de juros será bem mais limitado e a taxa Selic poderá seguir acima de dois dígitos até o final de 2024.
Assim como para a tendencia do câmbio no ano que vem, a política fiscal também será a responsável por direcionar a política monetária no país.
Muita atenção aos dados fiscais que o governo divulgará ao longo do primeiro semestre de 2024. Eles serão cruciais para direcionar o rumo dos nossos ativos no mercado financeiro e a condução da política macroeconômica do país.
O programa americano de exportação de soja está em um momento decisivo. Será em outubro que a logística do Brasil irá se definir, o que por tabela vai definir se o programa americano será mais longo ou mais curto do que o estimado.
Os programas brasileiros de exportação de milho, farelo e soja estão batendo recordes, o que se deve ao tamanho das safras. Mesmo com um programa de 50/52 milhões de milho e 22/23 milhões de farelo, o programa de soja esse ano pode passar de 100 milhões de toneladas.
Se comparado ao ano passado, o programa americano está 8,5 milhões de toneladas menor, sendo que a China aumentou suas compras. A explicação é que o programa brasileiro é mais longo e maior, retirando praticamente um mês do programa americano.
Se o programa americano será menor ou maior que o estimado dependerá da janela de plantio brasileira, principalmente os estados do Norte, os mais importantes quando se fala em tamanho e também são os estados que dão início ao programa.
O programa brasileiro da soja está em 92,2 milhões de toneladas, ritmo compatível a um programa de mais de 100 milhões de toneladas. Para chegar a 100 milhões embarcados até final de dezembro a soja brasileira precisa continuar competitiva e o porto de Paranaguá precisa continuar dedicado à soja.
A figura 1 mostra a evolução do programa até o dia 18 desse mês. O total embarcado é de 83,5 milhões de toneladas e o total nomeado é de 8,7 milhões, sendo 3,6 milhões para setembro e 5,1 milhões para outubro.
Hoje os principais portos que estão embarcando soja é o porto de Paranaguá e o porto de Rio Grande. As nomeações em Paranaguá estão caindo, isso porque o clima mais seco passou a favorecer a eficiência do porto. As nomeações caíram de 4,3 milhões no início do mês para 3,5 milhões no dia 18. O aumento da velocidade dos embarques de soja em Paranaguá já está derrubando o tempo de espera dos navios. Na semana passada o tempo de espera estava em 52 dias, caindo agora para 47 dias. É ainda muito alto, o que continua penalizando muito os prêmios – hoje o prêmio da soja em Rio Grande está 70 centavos por bushel acima do prêmio em Paranaguá para embarque outubro.
Para chegar a 100 milhões de exportação até dezembro, o porto de Paranaguá precisa permanecer dedicado à soja, deslocando o programa do milho para outros portos como São Francisco e Santos. Além de Paranaguá o porto de Rio Grande continua aumentando sua contribuição. As nomeações em Rio Grande estão em 2,5 milhões de toneladas, a maior marca do ano.
No começo de setembro os basis nos EUA subiram no CIF Nola e também no FOB Golfo. A alta foi de mais de 20 centavos para embarque outubro e novembro. Já na semana passada, os prêmios no FOB encerraram a semana em queda, o que se explica pela mudança do clima e pelo farmer selling – os produtores americanos estão pouco vendidos. Traders nos EUA falam mesmo com os fretes subindo, a colheita deve trazer pressão de venda, o que ajudará a derrubar os prêmios no FOB.
A figura 3 mostra a alta dos fretes nas últimas semana para embarque curto, saindo de 450% para 850% em três semanas. No final de setembro do ano passado, o frete spot chegou a 2200% para embarque outubro – o valor do frete é cobrado em percentual sobre um valor histórico.
De fato, os prêmios no Fob estão caindo, mais pela pressão da safra do que pela pressão de venda. O flat price da soja está caindo, CBOT e basis locais, o que certamente vai acabar travando a originação para a exportação. A figura 4 mostra a movimentação dos prêmios para embarque OND no Golfo.
Os mapas mostram redução das temperaturas e um pouco mais chuvas para os próximos dias, o que deve ajudar no nível do rio Mississippi. O efeito foi a queda dos prêmios no FOB, o que pode voltar a colocar a soja americana como a mais competitiva para a janela de final de ano.
Esse é um ponto fundamental para a continuidade de crescimento do programa americano de exportação, o qual está atrasado – veja a figura 4. A temporada americana 23/24 começou com vendas de 15,94 milhões de toneladas, contra 24,4 milhões no ano passado. A relação entre vendas antecipadas e o total projetado é de 32%. No ano passado a relação começou o ano em 44% e a média de 7 anos é de 40%.
Competitividade: Os prêmios da soja e no Golfo para embarque novembro encerram a semana em queda, derrubando os basis no destino. O prêmio FOB da soja para embarque na 1ª quinzena de outubro caiu 15 centavos em uma semana e o embarque novembro queda de 5 centavos.
No destino os basis para embarque outubro subiram mais de 30 centavos por bushel entre os dias 25 de agosto a dia 1º de setembro. Já na semana passada os basis no destino para embarque novembro recuaram 10 centavos.
A continuidade da queda dos prêmios no Golfo é fator fundamental para a continuidade do programa de exportação americano e para os ajustes futuros do USDA quanto ao quadro de O&D e comportamento dos futuros na CBOT.
Se os prêmios nos portos americanos não fizerem seu trabalho de atrair mais demanda, os futuros da soja na CBOT terão que fazê-lo. Para o Brasil, esse é um ponto muito importante para a manutenção do programa de exportação desse ano. Se os prêmios no Golfo continuarem recuando, o Brasil provavelmente não conseguirá acompanhar o movimento, isso porque o farmer selling está perto de 80%. Será cada vez mais difícil arrancar soja das mãos dos produtores.
Para 2024 o programa da soja pode se aproximar dos 107 milhões de toneladas. Para esse número, levo em consideração os seguintes pontos:
– Produção menor de milho e redução do programa durante o 2º semestre, liberando mais espaço para a soja;
– Novos investimentos e aumento da capacidade de exportação. Hoje se fala em aumento de até 7 milhões de toneladas de capacidade de elevação nos portos para 2024;
– Aumento da produção no Rio Grande do Sul. Somente o porto de Rio Grande pode trazer um adicional de 5 a 6 milhões de toneladas. A figura 6 mostra o histórico das exportações em Rio Grande em anos normais. Veja que as exportações podem chegar a 12/13 milhões de toneladas e;
– Margens de esmagamento ruins. A Abiove estima aumento da capacidade de processamento em 19 mil toneladas por dia, para 228,6 mil toneladas por dia – mais de 75 milhões de toneladas de capacidade instalada. A indústria brasileira vem trabalhando com 75% a 77% de capacidade utilizada, o que representaria um processamento de 56,5 milhões de toneladas até 58 milhões – esse ano o processamento deve ficar entre 53 milhões de toneladas a 53,5 milhões. O aumento do processamento vai depender muito das margens de processamento durante o 2º semestre, quando normalmente pioram devido ao encarecimento da soja (basis). O aumento do programa do biodiesel será o ponto chave para esse cenário. O calendário do governo prevê B13 a partir de abril de 2024, o que não seria suficiente para dar suporte aos prêmios do óleo, a ponta fraca hoje da conta do crush.
COLHEITA
Na Ucrânia, mais de 37 milhões de toneladas de grãos e oleaginosas foram colhidas com sucesso.
Os agricultores ucranianos concluíram a colheita das safras de grãos precoces e estão agora focados na debulha das safras tardias de grãos e oleaginosas. Até o dia 21 de setembro, já haviam sido colhidas impressionantes 37,4 milhões de toneladas da nova safra, conforme anunciado pela assessoria de imprensa do Ministério da Política Agrária.
Este ano, a Ucrânia tem a perspectiva de colher um total de até 79 milhões de toneladas de grãos e oleaginosas. Esse número representa um aumento notável em relação ao ano anterior, com um acréscimo de aproximadamente 7 milhões de toneladas.
O Ministro da Política Agrária destacou esse sucesso, afirmando: “É importante lembrar que, no início do plantio em maio, prevíamos uma colheita de cerca de 63-64 milhões de toneladas. Posteriormente, elevamos a estimativa para 67-68 milhões de toneladas e, agora, nas últimas duas semanas, estamos projetando uma colheita de cerca de 79 milhões de toneladas, ou seja, pelo menos sete milhões de toneladas a mais do que no ano passado.”
SEMEADURA
No entanto, no que diz respeito ao trigo de inverno, os agricultores estão optando por não realizar o plantio, preferindo focar em outras culturas.
LOGÍSTICA
Infelizmente, os ataques russos à infraestrutura portuária da Ucrânia continuam sem cessar. Recentemente, durante este conflito, drones russos atacaram novamente a região de Odesa, resultando na destruição do prédio da administração no distrito de Izmail. Além disso, a infraestrutura portuária foi impactada negativamente, com danos significativos no prédio do posto de controle, armazéns e cerca de 30 caminhões danificados. Lamentavelmente, seis vans foram incendiadas e dois motoristas ficaram feridos como resultado desses ataques.
ANÁLISES
Além dos preços reduzidos dos grãos cultivados, os agricultores enfrentam desafios significativos na comercialização de seus produtos. Com os preços de mercado em queda e os custos logísticos em constante elevação, surge a preocupação: será que os agricultores conseguirão sobreviver?
“No ano passado, o preço do milho atingiu US$ 300 por tonelada, enquanto este ano está em US$ 200 por tonelada. Além disso, os custos logísticos estão consumindo mais US$ 100 por tonelada. Essa é a situação do mercado mesmo antes do início da colheita em larga escala do milho”, afirmou Nataliya Chebanovska, diretora da empresa Atriss, em entrevista à revista Agro-Portal.
Os agricultores estão alcançando bons rendimentos em suas colheitas, mas estão profundamente desapontados com os preços que estão recebendo pelos seus produtos.
“O rendimento do milho em nossas fazendas está situado entre 70 e 80 centavos por hectare. A umidade ainda está em níveis normais. Este ano, pela primeira vez, começamos a colheita do milho com umidade padrão, já que no passado sempre secávamos o grão. Apesar de a colheita ter
começado apenas agora, também esperamos uma boa safra de girassóis.
“No entanto, os preços praticados no mercado estão deixando os agricultores desanimados.
“Na temporada passada, o girassol foi exportado para a Bulgária a um preço de USD 850 por tonelada, enquanto hoje é vendido a USD 425 por tonelada. Em outras palavras, houve uma queda de 50%. Além disso, os custos logísticos continuam elevados, embora um pouco mais acessíveis em comparação com o ano anterior. Os analistas estão aconselhando a venda dos grãos pelos preços atuais, mas muitos de nós não vemos sentido nisso. Optamos por aguardar e observar o mercado. Temos capacidade de armazenamento em mangas, além de possuirmos armazéns próprios, um elevador com secador e uma máquina de limpeza. Investimos significativamente na infraestrutura ao longo do tempo.”
“Nossa maior dificuldade reside na comercialização dos produtos, especialmente devido aos crescentes custos logísticos. Como resultado, não temos alternativa senão nos tornarmos exportadores. Se continuarmos a vender a preços nacionais, corremos o risco de prejudicar nossos negócios. Atualmente, estamos avaliando a possibilidade de realizar a exportação por conta própria. Vale mencionar que nossos produtos são certificados de acordo com os padrões ISCC, o que nos permite receber um prêmio de USD 5 por tonelada, mesmo dentro da Ucrânia. Além disso, obtivemos a certificação para a venda de grãos para a China. Estamos planejando exportar milho por meio dos portos romenos em contêineres e, nesse sentido, estamos em busca de especialistas que possam calcular os custos desse processo de embarque.”
A colheita de trigo no Hemisfério Norte já está praticamente finalizada.
Com isso, a pressão sobre os preços do trigo em Chicago está diminuindo. Especialmente porque, parece que a Rússia está tentando ser mais rigorosa em estabelecer um preço mínimo para o trigo na exportação, principalmente para licitações de compras públicas, como é o caso de países como a Argélia e Egito.
Outro ponto importante, que leva a crer que o mercado está buscando um piso para o trigo em Chicago, é o aperto nos estoques finais globais do cereal, que estão em seu 4º ano consecutivo de queda. No último relatório de O&D do USDA, houve uma redução de 7 Mi de t nos estoques globais de trigo para o final da temporada 23/24, diante da redução na produção de países importantes como Argentina, Austrália, Canadá e União Europeia.
Esses cortes podem ser ainda maiores, já que as entidades locais da Argentina e Austrália, por exemplo, trabalham com um número menor que os dados publicados pelo USDA.
Mas a questão principal, está em torno dos preços praticados para o trigo da Rússia, em que realmente, se o país eslavo for mais rígido no estabelecimento de preço mínimo na exportação, irá aumentar a competitividade de outros players, principalmente para o trigo francês, que ganhou a última licitação para venda ao Egito, em detrimento do trigo-russo.
A dúvida é, se a Rússia estaria disposta a comprometer seus níveis recordes nas exportações, para buscar esta manutenção nos preços. Nas licitações publicadas, parece que esse piso (US$ 270/t FOB) tem funcionado, mas nas vendas privadas, o trigo-russo já foi encontrado na faixa de US$ 240-250/t FOB, o que dá um bom desconto em relação aos concorrentes, quando inserimos as custas para entrega no destino.
Uma migração da demanda da Rússia para outros players exportadores, em especial o trigo europeu, que disputa espaço para os mesmos destinos, levaria os preços da Euronext a ganharem um suporte importante para recuperação, estabilizando também as cotações em Chicago, que estão em seus menores níveis desde dezembro de 2020.
Mesmo que a Rússia reduza sua participação no mercado, o que é benéfico para a demanda de exportação de outros players no comércio internacional de trigo, no caso dos EUA o cenário ainda é um pouco complexo.
Nos últimos anos, o país do Hemisfério Norte reduziu drasticamente o seu share nas exportações globais de trigo e em 22/23, registrou o seu menor nível exportado em mais de 20 anos.
Nesta temporada 23/24, as vendas de exportações estão muito baixas, com o preço do trigo americano pouco competitivo, o que leva o país a registrar um atraso de 15% em suas vendas acumuladas no período de 1º de junho até agora, quando comparamos ao ritmo do ano passado.
O volume embarcado de trigo safra 23/24 é de 4,88 Mi de t, representando uma queda de 25% a/a, isso também está 32% abaixo da média de três anos de 7,16 Mi de t considerando esta mesma época.
Outro ponto importante que é que ainda mais negativos para a demanda de trigo americano, é a alta do dólar contra moedas emergentes, diante de uma política monetária mais restritiva por parte do Fed.
Sendo assim, o que se nota atualmente, é que o mercado está tentando buscar um equilíbrio entre um aperto nos estoques globais de trigo da safra 23/24 e uma grande oferta de trigo-russo, que ainda trabalha com preços bastante atrativos em relação aos demais países exportadores. Vemos um mercado que está em busca de uma estabilização para a queda nos preços do trigo CBOT, mas que ainda não encontra nenhum espaço para altas, diante de sua baixa competitividade.
Os créditos de biodiesel, conhecidos como Renewable Identification Number (RIN) despencam no mercado interno americano durante o mês de setembro.
Muitos investimentos no setor de esmagamento de soja, biodiesel e diesel renovável foram feitos e que estão entrando em operação na safra de 2023/24. No momento, as esmagadoras de soja estão ofertando elevados volumes de óleo de soja no mercado interno, incentivando a demanda das usinas, que por sua vez vendem o RIN.
O preço do RIN de biodiesel saiu de 140 U$c/gln no início de setembro para 100 U$s/gln hoje, cerca de 30% de queda. No mesmo período o óleo de soja caiu cerca de 10% na Cbot e a soja também sofreu a pressão caindo 5%.
Este ano safra será marcado pela entrada em operação de diversas indústrias e usinas nos EUA, trazendo bastante volatilidade aos preços dos derivados da soja.
CRISE DOS COMBUSTÍVEIS
Os estoques de petróleo e diesel nos Estados Unidos seguem a níveis muito baixos. Para o diesel o problema está na redução da capacidade operacional de refino, que reduziu 1 milhão de barris/dia após a pandemia e ainda não foi recuperada, reduzindo a oferta no mercado interno, impactando negativamente os estoques.
Para o petróleo, o custo de armazenagem está muito elevado. Com o rápido aumento da taxa de juros pelo Fed, o custo financeiro para carregar os estoques, somado ao custo de armazenagem, resultaram na redução do carrego por parte dos produtores e tradings, reduzindo os estoques de petróleo em 43 milhões de barris desde julho deste ano. Hoje os estoques se encontram em 416 milhões de barris, com capacidade para atender apenas 25 dias de consumo.
Dados do dia 18 de Setembro
Mais uma vez, o maior destaque da semana ficou para o mercado de nitrogenados. Os preços da ureia ainda buscam uma direção mais clara, em meio à restrição dos chineses e ao tender dos indianos. Nos últimos dias, as referências de preço da ureia CFR Brasil ficaram entre US$ 410-420/t. Até o momento, os “players” aguardam os desdobramentos do tender promovido pela RCF. A empresa indiana recebeu uma oferta de 3,62 milhões de toneladas de 18 fornecedores, e as apostas são de que os preços devam ficar na casa de US$ 410/t CFR Índia. Enquanto este relatório é escrito (16/09), ainda não há confirmações a respeito da cotação oficial da licitação, nos próximos dias o mercado terá acesso a esses preços.
Para os fosfatados, mais uma vez, observou-se estabilidade nos preços. Na última sexta-feira, as cotações do MAP CFR Brasil ainda estavam na faixa de US$ 530-535/t. Neste momento, devido à sazonalidade, a demanda brasileira por fosfatados está mais fraca. No entanto, em outras regiões, ainda são notadas movimentações importantes, como é o caso do sudeste asiático. Nos últimos dias, a IPL, companhia indiana, comprou 50 mil toneladas de DAP da Jordânia. Os paquistaneses também mantêm atividades, com aquisições de 115 mil toneladas de fosfato diamônico envolvendo fornecedores marroquinos, árabes-sauditas e chineses. Os preços negociados provavelmente ficaram próximos de US$ 600/t CFR. Na China, as cotações do DAP também aumentaram nos últimos sete dias, chegando agora à faixa de US$ 574/t FOB. Portanto, ao analisar esse contexto, é possível observar que as cotações no Brasil estão consideravelmente inferiores às praticadas no sudeste asiático. Historicamente, o DAP na China é negociado abaixo do MAP CFR Brasil, mas hoje ocorre o oposto. O MAP brasileiro está cerca de US$ 41/t mais barato que o fosfato diamônico FOB China. Outro evento que movimentou o mercado global de fosfatados foi a aquisição de ácido fosfórico pelos indianos. O contrato firmado para o 4º trimestre foi de US$ 985/t CFR, representando um aumento de US$ 115/t em comparação com o negócio concretizado no 3º trimestre. O preço do ácido fosfórico é um importante indicador para os fosfatados, uma vez que a matéria-prima é a base para a fabricação dos fertilizantes fosfatados. Por fim, os preços do MAP no mercado doméstico brasileiro estão em torno de R$ 3.200/t, como mencionado, a liquidez está baixa.
Os preços do cloreto de potássio têm se mantido estáveis por mais de um mês. As cotações do KCl CFR Brasil estão na faixa de US$ 350/t. Em relação à disponibilidade deste fertilizante, os lineups ainda indicam volumes consideráveis programados para chegarem nos portos brasileiros nos próximos meses. As cotações para o milho safrinha 2024 estão situadas entre US$ 490-500/t FOB Sinop. Por outro lado, os preços para a soja 2024-25, com pagamento previsto para março de 2024, variam entre US$ 500-515/t FOB Rondonópolis.
O padrão AAO permanecerá em sua fase negativa nos próximos 10 dias, mantendo o padrão para a América do Sul.
AAO: A Oscilação Antártica (Antartic Oscillation – AAO) ou Modo Anular Sul (Southern Annular Mode – SAM) é o principal modo de variabilidade climática natural da circulação extratropical no Hemisfério Sul (HS) – UNIFEI.
O SAM é representado por uma oscilação nos valores dos sistemas de pressão superficial entre médias e altas latitudes do Hemisfério Sul. Este padrão de teleconexão pode ser quantificado pelo Índice de Oscilação Antártica (Antarctic Oscillation Index – AAO), o qual pode ser neutro, positivo ou negativo.
Clima: Nos próximos 15 dias, a presença do AAO negativo vai favorecer a manutenção do padrão visto até nos últimos dias. Clima seco no Centro Oeste e temperaturas elevadas. O Mato Grosso vai receber de 15 a 50 mm a menos que o normal para essa época.
Já o Rio Grande do Sul e a Argentina continuarão recebendo mais chuvas que o normal e temperaturas mais amenas que o normal. As figuras abaixo mostram os acumulados desde julho no Rio Grande do Sul e no Mato Grosso, também como as previsões de chuvas para 15 dias.
Foram destaques nessa semana: Os WO de soja nos EUA, a logística da soja no Brasil e a pressão de baixa sobre os prêmios do milho.
Nessa semana muitos rumores de washouts de navios de soja nos EUA. Esses rumores começaram já na semana passada, depois que a China comprou soja da Argentina. Falam em 10 barcos a 12 barcos. Os rumores de WO de soja nos EUA também são de 10 barcos. Nesse caso deveriam ser pelo PNW. Uma prova disso foi a queda do frete da ferrovia até os portos do Pacífico para embarque outubro. Falam que não há demanda na ferrovia para novembro, sinal de que a China não está comprando soja do PNW. De fato, faz mais de um mês que não vejo qualquer negócio de soja do PNW no destino. Há duas ofertas desde então, um barco para outubro e outro para novembro. Esses WO´s são pontuais, mas mostram que os EUA ainda está muito caro. Traders nos EUA estão apostando em queda nos prêmios para novembro e dezembro. Por dois motivos: 1) ganho de ritmo do farmer selling do produtor americano. O FS nos EUA está pelo menos 10 pontos percentuais atrasados, em linha com o atraso do programa americano de exportação – está 9 milhões de toneladas atrás do ano passado; 2) o frete das barcaças para novembro e dezembro são bem mais baratos em relação ao frete para outubro, o que vai incentivar o FS, e por tabela deve derrubar os prêmios. Esse movimento pode casar com a volta da China de seu feriado nacional, momento que as fábricas deverão cobrir a janela de processamento novembro, dezembro e janeiro.
E o Brasil, será que aumentará as ofertas de soja no destino? Estou vendo esse movimento. Mais ofertas de soja nos portos do Arco Norte, não é muito, mas mostra uma tendência de redução do milho e aumento da soja. O motivo? A relação de preço continua incentivando mais venda de soja. No Norte a relação permanece em 3,5 sacas de milho para 1,0 de soja. No Paraná e MS está em 3,0 para 1,0. O total comprometido de soja está em 93,3 milhões de toneladas, sendo que Paranaguá e Rio Grande continuam sendo os portos mais dedicados à soja. Falando em Paranaguá, acredito que o porto vai virar o ano dedicado mais à soja do que ao milho, e assim deve seguir até a entrada de soja em janeiro/fevereiro. Acredito que os embarques de soja em janeiro e fevereiro deverão bater recordes em 2024 devido a esse novo arranjo – Paranaguá dedicado à soja e Rio Grande com
muita capacidade ociosa. Aqui cabe um parêntesis – o waiting time de Rio Grande está crescendo rápido, não porque as nomeações de soja estão crescendo muito, estão em 2,2 milhões, mas devido à chuvada que não para. Já falam em waiting time de mais de 20 dias. Há um mês o waiting time em Rio Grande estava em menos de 10 dias.
Os prêmios do milho no Brasil estão sob pressão. As tradings estão tentando defender o custo de originação, mas aos poucos vai ficando mais claro que o nível de negócios é um pouco mais baixo, talvez 20 centavos por bushel. Nessa semana os prêmios recuaram pelo menos 15 centavos para embarque novembro. Mais licitações de compra da Coreia nessa semana a níveis abaixo do custo de originação. Nessa semana tradings voltaram a vender milho para empresas coreanas equivalente a um prêmio FOB Santos na casa dos +80/85z para embarque novembro. A originação está custando na casa dos +100z no Norte e no Sul também. No Sul está até mais barato, mas as tradings precisam ou adicionar na conta um custo de demurrage em Paranaguá de pelo menos 40 centavos por bushel, ou buscar um porto mais distante – frete rodoviário mais caro. Além disso, cooperativas, cerealistas e revendas que originam milho no Mato Grosso do Sul e no Paraná estão falando da dificuldade de cumprir contratos de milho para China devido à presença de sementes de plantas daninha não autorizadas, as chamadas pragas quarentenárias. Os caminhões estão voltando para o interior para padronização, o que não é nada barato. O que deve acontecer é que os vendedores no interior passarão a condicionar vendas de certos pontos de recebimento para destinos não-China. A queda dos prêmios do milho na exportação é um fator a se ficar de olho, uma vez que trabalhar abaixo do custo de originação só é uma opção viável para aqueles que perderiam dinheiro mais dinheiro em seus compromissos logísticos – take-or-pay. Além disso, há mais concorrência também. Rumores de que a China comprou milho no PNW e também navios Panamax na Ucrânia – essa sim é uma novidade. A Reuters falou em 12 a 15 navios. Muitos traders desconfiam de um número tão grande. Outros falam que o frete vai ser a maior barreira – está caro. Uma indicação de frete de Odessa para o Norte da China seria a $54/56 por tonelada. Santos para o Norte da China é $10 mais barato. Mas o fato é que na cabeça dos compradores o cenário parece muito claro – Brasil e Ucrânia não tem espaço para segurar o milho por muito tempo, e por isso precisam vender.
Uma concorrência para a janela de NDJF certamente traria prêmios mais para baixo.
Rápidas da manhã: Bolsas no ocidente subindo. O teto do endividamento nos EUA se aproxima e ainda não há consenso entre os partidos; o governo americano pode ficar sem dinheiro já a partir da próxima semana; Bolsas na China encerraram a semana em queda de 1,3%, confirmando sua má performance em relação aos pares emergentes; o IDX está em alta, mais uma semana de ganho – 10ª alta em 11 semanas; petróleo subindo 0,5%, acima novamente dos $92. Na semana, o petróleo acumula alta de quase $2 por barril – energia cara, juros altos por mais tempo e o endividamento americano crescendo “loucamente” – a Moody´s falou que a indefinição dos partidos pode prejudicar a nota – a Moody´s é a única que manteve a nota dos EUA em AAA; futuros da soja na CBOT em alta; produtores no Mato Grosso plantando. Boa sequência de chuvas para o centro-oeste a partir desse final de semana; plantio no Oeste do Paraná bem adiantado.
O Banco Central divulgou na última segunda-feira a atualização das projeções das principais instituições financeiras do Brasil para os indicadores macroeconômicos do país.
Para a semana encerrada no dia 22 de setembro, os analistas revisaram para cima as expectativas para o PIB. Já as estimativas para o IPCA, a taxa Selic e a taxa de câmbio ao final de 2023 foram mantidas inalteradas.
Pela quinta semana consecutiva, o destaque do relatório ficou para o aumento na projeção do PIB desse ano, passando de 2,89% para 2,92%. A melhora na estimativa ainda reflete o resultado bem acima do esperado para o PIB do país no segundo trimestre.
A projeção para o IPCA ficou estável em 4,86%. O mercado também manteve em 11,75% ao ano a projeção para a taxa Selic ao final desse ano, sendo a sétima semana de estabilidade na expectativa para a taxa de juros no país.
O tom do comunicado do Copom da decisão da quarta passada (20) reforçou a visão dos investidores que a nossa autoridade monetária deverá realizar mais dois cortes na taxa Selic de 0,5 ponto percentual. Diante desse cenário, a taxa de juros no país deverá encerrar em 11,75% ao ano.
A taxa cambial ao final desse ano também foi mantida inalterada em R$ 4,95.
As vendas semanais americanas foram neutras para todos os produtos.
Soja: As vendas semanais americanas vieram dentro do esperado, mas ainda muito aquém do ritmo necessário para ajudar na sustentação das cotações na CBOT. O principal motivo é o rio Mississippi. O frete das barcaças continua subindo e o risco de execução continua elevado. As tradings não estão ofertando muito, colocando uma “gordura” a mais em caso de troca de porto ou extensão dos contratos. O ritmo de crescimento do programa americano continua muito lento, o que aumenta o risco de mais revisões para baixo na demanda total.
Milho: Para o milho as vendas também continuam muito fracas. Além do Mississippi mais raso, o milho americano continua mais caro que os demais exportadores. O Brasil vem sendo a origem mais barata e recentemente a Ucrânia voltou para o jogo, traders reportam que a China vem comprando no país do leste europeu. Os EUA estão vendo somente para destinos mais curtos, como México, favorecido pela logística de ferrovia, nesta semana tivemos uma venda forte para o país, número que deve sair no relatório da semana que vem.
Farelo: As vendas de farelo continuam boas. O processamento na Argentina vai continuar caindo, colocando os EUA no radar dos compradores na Ásia e Oriente Médio. O cancelamento visto na safra velha se deve à rolagem de embarques, a temporada nova de farelo nos EUA começa agora, no dia primeiro de outubro.
O programa de exportação brasileiro de soja embarcou até a quarta semana de setembro 4,82 milhões de toneladas. Em setembro de 2022 o total foi de 4 milhões de toneladas.
Em agosto as exportações de soja atingiram recorde na série histórica, superando a máxima anterior de 8,12 milhões em 2018. Estão nomeadas para setembro exportação de 970 mil toneladas, para outubro exportação de 7,02 milhões de toneladas e para novembro 1,20 milhão de toneladas, portanto, o comprometido no ano é de 94,86 milhões de toneladas.
De janeiro a agosto o Brasil embarcou para a China 56,69 milhões de toneladas, contra 47,40 milhões de toneladas na média dos últimos dois anos. Nesse mesmo período o Brasil embarcou 3,7 milhões de toneladas de soja para a Argentina, volume recorde – em todo o ano passado foram embarcadas para o país vizinho apenas 289 mil toneladas.
O programa de exportação brasileiro de milho embarcou nos primeiros 15 dias úteis de setembro 6,60 milhões de toneladas. Em setembro do ano passado o total foi de 6,42 milhões de toneladas.
Em agosto as exportações de milho atingiram recorde na série histórica, superando a máxima anterior de 7,44 milhões em 2022. Estão nomeadas para setembro exportação de 1,33 milhões de toneladas, para outubro exportação de 8,04 milhões e para novembro 528 mil toneladas, portanto, o comprometido no ano é de
35,55 milhões de toneladas.
No acumulado do ano o Brasil embarcou para a China 3,62 milhões de toneladas do cereal, sendo 2,35 milhões somente em agosto – recorde para um mês. Na temporada passada, quando iniciou as negociações de compra do milho brasileiro por parte do gingante asiático, foram embarcadas de fevereiro a janeiro 2,14 milhões de toneladas.
O programa de exportação de farelo de soja embarcou até a quarta semana de setembro 1,39 milhão de toneladas. No nono mês de 2022 o total foi de 1,90 milhão de toneladas.
Agosto também foi recorde nas exportações de farelo, que superou o recorde anterior de 1,81 milhão de toneladas do ano passado. O Brasil atinge máximas na
exportação do farelo de soja após a Argentina sofrer a pior quebra da história, colhendo apenas 19 milhões de toneladas. Estão nomeadas para setembro exportação de 534 mil toneladas e para outubro 1,89 milhão de toneladas, portanto, o comprometido no ano é de 19,16 milhões de toneladas. O principal comprador de farelo do Brasil essa temporada é a Tailândia (2,5 mmt), seguido pela Indonésia (2,37 mmt).
O Brasil também exibe recorde nas exportações de óleo de soja, que atingiram no acumulado do ano 1,91 milhão de toneladas.
O programa de exportação de algodão embarcou até a quarta semana de setembro 154 mil toneladas. No mesmo mês de 2022 o total foi de 184,85 mil toneladas.
Esse foi o segundo melhor agosto da série histórica, ficando atrás apenas de agosto de 2020 quando foram embarcadas 108 mil toneladas. No acumulado do ano foram exportadas 755 mil toneladas da fibra natural, no mesmo período do ano passado o volume foi de 914 mil toneladas.
O principal destino do algodão brasileiro nessa temporada é Bangladesh, que comprou do Brasil 125,79 mil toneladas de janeiro a agosto.
O programa de exportação de carne bovina embarcou nos primeiras 15 dias úteis de setembro 158 mil toneladas. Em agosto de 2022 o volume total foi de 202,07 mil toneladas.
No acumulado do ano foram exportadas 1,38 milhão de toneladas de carne bovina brasileira. A China comprou de janeiro a agosto 719,42 mil toneladas, enquanto no mesmo
O programa de exportação de carne suína embarcou até a quarta semana de setembro 82,8 mil toneladas. No mesmo mês de 2022 o total foi de 100,36 mil toneladas.
Esse foi um dos melhores agosto da série histórica e o maior volume mensal embarcado em 2023. No acumulado do ano foram embarcadas 867,2 mil toneladas, volume recorde. No mesmo período do ano passado foram embarcadas 801 mil toneladas. No primeiro semestre a China comprou 282,94 mil toneladas da carne suína brasileira, volume 5% superior a 2022.
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